Quem gosta de uma boa cachaça artesanal não pode deixar de visitar a Estância Hidromineral de Socorro – cidade turística localizada no Circuito das Águas Paulista e referência em aventura e ecoturismo. Vale incluir no roteiro os inúmeros locais que oferecem a “branquinha”: de visitação na produção para acompanhar o processo até locais para degustação e compra. Um passeio com muita natureza e lindas paisagens, que envolvem a bebida, patrimônio histórico e cultural do país.
“Além de empregar, tem articulação no setor econômico como turismo rural. A produção de cachaça preserva a tradição da nossa região, são pequenas famílias dando continuidade à história do município. Passando de pai para filho (a)”, orgulha-se Wellen Mazzolini de Lima Moraes, filha de João Evangelista, proprietário do Alambique Pioneira. “Assim como o café, o clima e o ambiente influenciam no sabor da planta. Cultivada entre as montanhas de Socorro coberta com florestas e num solo saudável, a matéria prima tem qualidade diferenciada”, ressalta.
No Empório Nono Volpi, tradicional em cachaça, elas são envelhecidas em barris de carvalho, jequitibá rosa, bálsamo ou amburana. A mais vendida é a Gabriela – com mel e canela -, envelhecida no carvalho. Mas, inúmeras são as opções de cachaças saborizadas: mel, banana, jabuticaba, anis, avelã, catuaba, canelinha e rapadura.
Já no Alambique Pioneira, é possível fazer tour guiado para conhecer a área de produção, moagem, caldeira, tachas e alambique. Lá são fabricadas a cachaça prata (branquinha); cachaça ouro (envelhecida no tonel de carvalho e amburana) e canelinha; mas, o carro chefe é a cachaça na cana, com sabor adocicado devido a planta in natura.
São 35 anos de uma produção artesanal e familiar, que inclui melado, rapadura e açúcar mascavo, vendidos junto com as cachaças em uma pequena loja na propriedade. Mas, as cachaças também são comercializadas em Socorro, na grande São Paulo e em Maringá, no Paraná.
Aberta ao público (com pagamento de entrada) e gratuita para hóspedes, é a visitação no Hotel Fazenda Campo dos Sonhos. Os turistas que chegarem por volta das 10h terão uma visitação monitorada, em que será demonstrado todo o processo de produção de cachaça, desde a plantação de cana até o alambique, que mantém um engarrafamento próprio. O resultado é a cachaça do Campo dos Sonhos.
Saborizar de forma artesanal a bebida é com o Sabores do Currupira, que desde 2015 atua no turismo rural. As cachaças são armazenadas em barris onde são curtidas com frutas e a própria cana. São seis tipos de cachaças: pura, banana, carvalho, café, rapadura e a mais vendida que é a cachaça na cana. Além do quiosque no Horto, a cachaça pode ser encontrada na Grínberg´s Village Hotel e vendem para todo Brasil por meio de aplicativo.
O Empório do Cristo e a Cachaçaria Santo Mé vendem várias cachaças citadas acima.
Caipirinha e doses
Quem quiser tomar uma caipirinha com as paisagens e clima da zona rural, a dica é o restaurante São Benedito, que tem nos sabores limão, kiwi, morango e abacaxi.
No Lion Bar e Restaurnte, a dica é experimentar a Macunaíma: cachaça de jambu com limão, açúcar e fernet.
Os turistas que forem almoçar ou curtir o pôr do sol na Pedra Bela Vista vão poder experimentar a cachaça da Pedra, saborizada por eles mesmos com capim santo, servida em dose ou no drinque Stone Mood, que ainda leva rum Malibu, limão e água com gás.
Da mesma forma, é a aposta na cidreira do restaurante do Camping Boaretto – Vale das Pedras, que tem como especialidade a Caipirinha de Cidreira com Limão. A cidreira é plantada e colhida na própria fazenda, assim está sempre fresca para o preparo do drinque com a cachaça artesanal. Outra opção é saborear as cachaças branquinha, amarelinha envelhecida e na cana.
O Rock & Soul bar tem no cardápio vários tipos de caipirinhas, algumas delas feitas com cachaça branca, como é o caso da caipirinha de cachaça feita com pitaya, um dos sucessos da casa. Se a preferência é por dose, servem as cachaças branca e ouro, ambas artesanais.