O Ambulatório Médico de Especialidades de Campinas (AME) voltou a receber pacientes de Covid-19. Há cerca de duas semanas, o AME deixou de atender novos casos por escassez de medicamentos do chamado kit intubação. Segundo a Secretaria de Saúde do estado, a medida foi tomada para garantir os cuidados dos que já estavam internados na unidade.
No final de março, devido ao avanço da pandemia em Campinas, o AME-Campinas voltou a atender exclusivamente como hospital Covid, a exemplo do que havia ocorrido em 2020. A unidade compõe a Rede SUS Estadual, ao lado do HC da Unicamp.
Nesta terça-feira (27), dez pacientes estão internados no AME, que tem capacidade para receber 30, entre leitos de enfermaria e UTI. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, a preferência de novos atendimentos será para os casos mais leves, de enfermaria, uma vez que os insumos do kit intubação continuam sendo um problema no País. “Trata-se de uma medida protetiva aos pacientes”, afirmou a assessoria de imprensa da secretaria.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que realiza a cotação de preços para a compra emergencial de mais de 9 milhões de remédios para intubação junto ao mercado nacional ou internacional. As empresas podem enviar propostas e documentos até 30 de abril. “A adesão a esta compra integrada foi oferecida aos serviços de saúde do SUS de SP visando contribuir com o abastecimento da rede, que está impactada com a escassez de produtos no mercado e baixos quantitativos cedidos pelo Governo Federal”, diz a nota enviada pela secretaria. “A última entrega do Ministério da Saúde ocorreu na semana passada, com 407 mil medicamentos e a Secretaria segue cobrando providências e informando diariamente o status de uso e necessidade do SUS de SP ao Ministério”.
A demanda atual dos serviços de saúde de referência para Covid-19 no SUS do Estado chega a 3,5 milhões de sedativos e neurobloqueadores mensalmente, segundo a secretaria. “A requisição administrativa desses itens pelo Ministério, somada ao aumento da demanda de internação em todo país e à dificuldade de fornecimento pelos fabricantes e distribuidores, tem prejudicado o reabastecimento da rede e tentativas de compras realizadas diretamente pelos serviços”, informa.