Ainda que Campinas esteja vivendo as madrugadas mais frias do ano, os albergues e centros de acolhimento da cidade operam com pouco mais da metade de sua capacidade. Em contrapartida, os atendimentos mensais das equipes do SOS RUA aumentaram em 50%, de 600 para 900, desde o início da Operação Inverno, em 1º de maio. Os números indicam que a maioria das pessoas que vivem nas ruas, em situação de vulnerabilidade, rejeita o acolhimento integral oferecido.
Segundo a secretaria municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas, os agentes oferecem a possibilidade de encaminhamento aos albergues, mas os moradores é que devem decidir. Problemas com álcool e drogas estão envolvidos nas questões sociais que afastam os moradores em situação de vulnerabilidade do acolhimento.
“A meta da Prefeitura de Campinas é acolher todos os que precisem e queiram ajuda. Nossas equipes estão se desdobrando para oferecer o acolhimento necessário à população em situação de rua”, afirmou Vandecleya Moro, secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas.
Durante o mês de maio, o Samim (Serviço de Atendimento ao Migrante, Itinerante e Mendicante) recebeu, em média, 75 pessoas, o que representa uma alta de 21% no número de acolhimentos em relação ao mês de abril, quando a média era de 62 pessoas por noite. O Samim está localizado no Bairro Bonfim, próximo à rodoviária. Oferece 130 vagas.
Há também o Abrigo Emergencial “Casa Santa Dulce dos Pobres”, na Rua José Cruz Ferreira Jorge, ao lado da Casa da Cidadania, que está preparado para acolher 40 pessoas, e o Abrigo Emergencial Zilda Arns – Serviço de Proteção em situações de calamidade pública e de emergências (atualmente usado para pessoas com sintomas gripais), com 30 vagas.
Para ser acolhido pelo Samim, há algumas normas a serem seguidas, o que ajuda a explicar a recusa de parte da população de rua. É proibida, por exemplo, a entrada de pessoa alcoolizada ou sob efeitos de outras drogas. Todos os usuários deverão obedecer os horários estabelecidos para alimentação, rouparia, banho e
atendimento da equipe técnica
Operação
O objetivo da Operação Inverno é acolher essas pessoas e, se elas aceitarem, encaminhar aos serviços da rede de proteção, de assistência social (albergue) e de saúde do município. As equipes entregam cobertores aos que recusam acolhimento no albergue. Desde o início da Operação Inverno até o momento foram distribuídos 3.764 cobertores.