Campinas inicia neste sábado (11) a aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid. Os primeiros a receberem a terceira dose do imunizante serão os moradores das instituições de longa permanência. Na próxima semana, a Prefeitura prometeu abrir o agendamento para pessoas a partir de 85 anos. A previsão do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) é que a campanha de reforço para idosos a partir de 60 anos se estenda pelo menos até março do próximo ano.
Para receber o reforço da vacina contra a Covid, é preciso ter completado o ciclo vacinal há pelo menos seis meses. Também serão contemplados com o reforço os imunossuprimidos, ou seja, pessoas que têm a imunidade comprometida, como transplantados, doentes de câncer e portadores de HIV. No caso desse grupo, mais suscetível à infecção por coronavírus, o intervalo até a terceira dose é de apenas 28 dias.
Nove cidades da grande São Paulo decidiram adiar o início da aplicação do reforço por conta da divergência entre as orientações do governo estadual e do Ministério da Saúde. Em São Paulo, ficou decidido que o reforço será aplicado com a vacina que estiver disponível (Coronavac, Pfizer, Astrazeneca ou Janssen). Já o Ministério da saúde recomendou que ocorra preferencialmente com Pfizer e, depois, Astrazeneca ou Janssen – excluiu a Coronavac da indicação.
A capital paulista iniciou a vacinação de reforço contra Covid-19 na segunda-feira (6), com todos os imunizantes liberados no país. Serão contempladas idosos a partir de 60 anos. O Ministério da Saúde, por outro lado, recomendou a dose de reforço para pessoas com mais de 70 anos e imunossuprimidos.
Não há estudos ainda sobre o resultado da combinação de vacinas de fabricantes diferentes. É certo, contudo, que a terceira dose amplia a produção de anticorpos para combater o coronavírus e amplia a eficácia da resposta do organismo.
O município de Serrana, no interior paulista, iniciou segunda-feira (6) a aplicação da terceira dose da CoronaVac em pessoas a partir dos 60 anos. A ação faz parte do Projeto S, conduzido pelo Butantan, que acompanha os resultados da vacinação na cidade. O projeto, que estuda a efetividade da CoronaVac, começou em fevereiro com a aplicação de vacinas em toda a população adulta de Serrana. O município concluiu em abril a imunização. A pesquisa constatou queda de 95% nas mortes por covid-19, de 86% nas internações e 80% nos casos sintomáticos da doença no município.
Botucatu, outra cidade paulista que participa de um projeto de vacinação em massa para avaliar a efetividade da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, também iniciou a imunização com terceira dose de pessoas com mais de 60 anos. Segundo o Ministério da Saúde, após a aplicação da primeira dose da vacina AstraZeneca, o número de casos de covid-19 no município caiu 80% e o número de internações pela doença, 86,7%.