O corpo do prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas, foi velado no começo da tarde deste domingo (16) com a presença de poucos familiares e amigos, em razão de se evitar aglomeração devido à pandemia de coronavírus. Estiveram presentes o filho Tomás Covas e os pais Pedro Lopes e Renata Covas Lopes, além do irmão Gustavo e da ex-mulher de Bruno, Karen Ichiba.
O caixão com o corpo de Covas deixou o prédio da Prefeitura por volta das 14h30 e seguiu em cortejo pelas principais vias da Capital paulista. Após seguirá para Santos, cidade onde Bruno Covas nasceu. Na Avenida Paulista o caixão será colocado em outro veículo e seguirá para Santos. O enterro está marcado para ocorrer no Cemitério Paquetá, na região central de Santos. O vice Ricardo Nunes (MDB), que já estava ocupando o cargo de prefeito interinamente, assumirá o comando da Capital.
Bruno Covas morreu no início da manhã de hoje (16), aos 41 anos. O falecimento ocorreu por volta das 8h20 e foi confirmada pelos médicos do Hospital Sírio-Libanês, onde Covas estava internado. Segundo o comunicado, Covas faleceu “em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica, com metástase ao diagnóstico, e suas complicações após longo período de tratamento”. O prefeito lutava contra um câncer localizado entre o esôfago e estomago, que se espalhou por outras parte do corpo, chegando à metástase. O velório será fechado, com a presença apenas para a família, mas haverá também uma cerimônia na Prefeitura.
Na noite da sexta-feira (14), o quadro de saúde de Bruno Covas piorou, e seu estado de saúde se tornou irreversível, segundo a equipe médica que o acompanhava. Nesta última internação Covas estava no hospital desde o dia 2 de maio. Ele tomou conhecimento de que tinha câncer em outubro de 2019 e o tratamento exigiu várias sessões de quimioterapia, realizadas até o começo de 2020. Em abril deste ano, novos exames confirmaram que o câncer de Bruno Covas tinha se espalhado para o fígado e os ossos. No dia 21 de abril, a equipe médica anunciou que a situação de saúde de Covas tinha se agravado.
O prefeito em exercício de São Paulo, Ricardo Nunes, participou na manhã de ontem (15) do Dia D de vacinação contra gripe. Segundo ele, manter a agenda pública foi uma forma de homenagear o prefeito licenciado Bruno Covas.
Mensagem do governador João Doria
Obrigado, Bruno Covas, por ter compartilhado, com todos nós, tanto carinho e dedicação. À Renata e ao Pedro, seus pais, ao Gustavo, seu irmão, e especialmente ao Tomás, seu filho, meu afeto nesse momento doloroso em que a natureza subverte o curso da vida. São Paulo terá sempre muito orgulho desse filho querido.
A força de Bruno Covas vem do seu exemplo e do seu caráter. Foi leal à família, aos amigos, ao povo de São Paulo e aos filiados do seu partido, o PSDB. Sua garra nos inspira e seu trabalho nos motiva.
Tive o privilégio de acompanhá-lo desde o início da vida pública, ao lado do seu avô Mario Covas. Tive a honra de tê-lo como vice, na Prefeitura de São Paulo. E a alegria de ver seus ideais e realizações aprovados nas eleições de 2020.
Bruno Covas era sensível, sereno, correto, racional, pragmático e ponderado. Voz sensata, sorriso largo e bom coração. Bruno Covas era esperança. E a esperança não morre: ela segue, com fé, nas lições que ele nos ofereceu em sua vida.
Muito obrigado, Bruno. Você foi e continuará sendo, para todos nós, um eterno exemplo.
Biografia
Filho de Pedro Lopes e Renata Covas Lopes e pai do jovem Tomás Covas, Bruno nasceu em Santos, no litoral paulista, no dia 7 de abril de 1980, e foi advogado, economista e político brasileiro. Mudou-se para a capital paulista em 1995 e, dois anos depois, filiou-se ao PSDB, seguindo os passos do avô, o ex-governador Mário Covas (1930-2001), sua grande inspiração e influência política . No partido, chegou a ser presidente estadual e nacional da Juventude do PSDB e ocupou cargos na Executiva Estadual.
Sua carreira na política começou em 2004, quando se candidatou a vice-prefeito de sua cidade natal. Dois anos depois, foi eleito deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo e reeleito para o mesmo cargo e m 2010, com mais de 239 mil votos, sendo o mais votado d aquele ano. No ano seguinte, assumiu a Secretaria Estadual do Meio Ambiente no governo de Geraldo Alckmin, permanecendo no cargo até 2014, quando foi eleito deputado federal para o mandato 2015-2019.
(Hora Campinas com informações da Agência Brasil)