Foi publicado no Diário Oficial do Município, desta quinta-feira (10), o decreto que permite a não utilização de máscaras de proteção contra a Covid-19 ao ar livre. A decisão foi tomada seguindo diretriz do Governo no Estado. Com isso, após dois anos os campineiros ensaiam um retorno à normalidade, sem precisar de máscaras para transitar em locais abertos, como parques e praças, por exemplo.
O decreto municipal também libera 100% de ocupação dos estabelecimentos, eventos e atividades de lazer, mas mantém a necessidade da utilização da máscara de proteção em ambientes fechados.
De forma geral, pessoas ouvidas pelo Hora Campinas estão eufóricas com a medida, como se o tempo de volta à normalidade estivesse chegando. Mas há ainda quem não se sente confortável em abandonar o item de proteção.
A diarista Gisela Santos, de 32 anos, caminhava sorridente, aparentando leveza, nesta quinta-feira pela Rua Treze de Maio, principal rua do comércio central, em Campinas.
“Acho que para quem tem consciência, já tomou todas as doses da vacina, e sabe que não vai transmitir e nem pegar a Covid-19, acho bem válido não usar a máscara. Mas aquelas que não se vacinaram e não estão aptas a não usarem a máscara elas têm que usar. Eu tomei as três doses e, por isso, não estou usando em lugares abertos, mas estou com ela aqui para usar em lugares fechados”, diz Gisela.
“Mas as pessoas de risco, idosos, com problemas de saúde, como os cardíacos, os que têm asma, tem que usar ao perceberem que estão em local muito cheios”, completa.
O vendedor ambulante Paulo Ricardo Rodrigues, de 29 anos, ficou eufórico com a medida.
“Eu acho maravilhoso porque é muito cansativo a gente andar o dia inteiro nesse sol quente. A máscara, às vezes, sufoca a gente. Agora, a gente ficando um pouco sem ela ajuda a ficar mais saudável porque eu fico muito agoniado usando máscara. Para mim foi muito maravilhoso, eu agradeço”, comemora o ambulante.
Luzia Marques Oliveira dos Santos, de 50 anos, funcionária de um hotel, não escondia o entusiasmo com a possibilidade de andar sem máscara.
“Agora sim. Estou muito feliz porque não aguentava mais usar máscara em tudo quanto é canto. Estou muito feliz graças a Deus. É um alívio para respirar melhor, para viver melhor. Mas é lógico que a pessoa tem que se cuidar. Não usar em lugar aberto é uma vitória muito grande, uma vitória do brasileiro, de todo mundo, uma felicidade”, diz com entusiasmo.
Já a bancária Claudia Cortês, de 43 anos, se mostrou mais reticente com a medida. “Eu acho que ainda é bastante importante a gente utilizar a máscara porque tudo é muito recente. As pessoas ainda não completaram a vacinação. Do meu ponto de vista é arriscado tirar de vez”, opina.
Vale lembrar que as autoridades de saúde e médicos são unânimes ao dizerem que a vacinação não impede a pessoa de se contaminar ou de transmitir o Coronavírus, mas a vacinação diminui os quadros mais graves, a necessidade de internação, risco de morte e do surgimento de novas variantes.
“Ainda é cedo para falar que a pandemia acabou, mas, sem dúvida, para quem viveu as dificuldades no enfrentamento à pandemia, hoje é uma data especial, que traz grande emoção”, disse o prefeito Dário Saadi.
Para ambientes fechados, a máscara continua sendo obrigatória. “Em ambientes abertos, ventilados, a chance de as gotículas chegarem a outra pessoa é pequena; já nos fechados, ela permanece mais tempo no local, o que aumenta o risco de contaminação”, explicou a diretora de Vigilância em Saúde, Andrea von Zuben.
O uso da máscara continua sendo importante, também, para idosos, pessoas com comorbidades, as não vacinadas e os imunossuprimidos. Já quem está com sintomas respiratórios não deve sair de casa. “Caso seja indispensável sair, é exigido o uso de máscara”, completou Andrea.