Na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, é com grande satisfação que a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da qual faço parte, irá promover a abertura dos nossos sete institutos de pesquisa em mais uma edição do “Apta Portas Abertas”.
Nosso objetivo com essa iniciativa é aproximar estudantes, professores e o público em geral das pesquisas agropecuárias que realizamos.
Contamos com mais de 500 pesquisadores espalhados por 40 unidades em todo o estado de São Paulo, dedicados a encontrar soluções para os desafios da agricultura moderna, e queremos proporcionar a oportunidade de interação com nossos pesquisadores, para que todos possam compreender melhor o trabalho que realizamos e sua relevância para o avanço da agricultura brasileira.
Para se ter uma ideia da grandeza desse trabalho, as sete instituições que fazem parte da Apta — o Instituto Agronômico (IAC-Apta), o Instituto Biológico (IB-Apta), o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), o Instituto de Pesca (IP-Apta), o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-Apta), o Instituto de Zootecnia (IZ-Apta) e a Apta Regional — apresentaram, na análise dos impactos econômicos, sociais e ambientais das pesquisas desenvolvidas entre 2018 e 2021, um retorno social de R$ 16,23 para cada real aplicado na Apta, com base na adoção de 59 tecnologias pelo setor produtivo.
O Brasil, uma das maiores potências agrícolas do mundo, deve grande parte de seu sucesso ao trabalho contínuo que realizamos em nossos institutos.
O Instituto Agronômico (IAC-Apta), instituição secular fundada em 1887, teve papel fundamental no desenvolvimento de cultivares resistentes de café e cana-de-açúcar, por exemplo, que possibilitaram a expansão agrícola desses produtos, colocando o país na liderança do mercado mundial.
Nossas pesquisas desenvolvem variedades agrícolas mais resistentes a pragas e condições adversas, promovendo sustentabilidade e aumento da produtividade.
O Instituto Biológico (IB-Apta) é referência no controle biológico de lavouras, oferecendo suporte técnico às biofábricas do país. O Instituto de Zootecnia (IZ-Apta) estuda a emissão de metano na pecuária tropical, buscando mitigar os gases de efeito estufa.
No Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-Apta), as pesquisas são voltadas à produção de embalagens e alimentos processados seguros. O Instituto de Economia Agrícola (IEA), por sua vez, estuda modelos econômicos que buscam eficiência para o setor agropecuário, alinhando-se às necessidades do mercado e da sociedade.
No Instituto de Pesca (IP-Apta), estamos conduzindo pesquisas com a macroalga Kappaphycus alvarezii, que produz um polissacarídeo usado comercialmente como gelificante, espessante e estabilizante, e ainda em rações animais e farmacêuticas. E na Apta Regional tivemos um lançamento recente de uma nova variedade de banana-prata, com frutos longos, doces e pencas uniformes.
Então, convido a todos conhecerem o trabalho dos nossos institutos e não perderem esta valiosa oportunidade. Para mais informações e a programação completa, acesse: www.apta.sp.gov.br
Carlos Nabil Ghobril é coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Secretaria de Agricultura e Abastecimento), doutor em ciências pela USP (2008), com graduação em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas – SP (1989).