A notícia é do final do ano passado e está longe de ser a última (*) . O tráfico de drogas avança em terras amazônicas.
Quer como o conhecido corredor do “ouro branco” que vem dos vizinhos – rumo ao mercado interno e demais partes do planeta; quer com plantações de Cannabis – usando até mesmo técnicas de manejo agrícola e irrigação [sugando nossos cursos d’água].
Não é difícil imaginar o que irá ocorrer em âmbito nacional se o STF decidir [dia 2 de agosto, p.f] pela descriminalização da posse de drogas (hoje proibidas: como o THC ou a cocaína) para consumo pessoal.
Se hoje o tentacular crime organizado já invade terras indígenas e subjuga os povos originários, o que então esperaremos em um cenário de flexibilização, normalização e na prática liberação das drogas?
Nunca é demais lembrar. Ao lado do tráfico de drogas caminham o tráfico de armas, de pessoas, de animais, de material genético, a corrupção a agentes do Estado, a degradação ambiental, garimpo ilegal, madeira explorada e exportada ilegalmente, lavagem de dinheiro e o que não é menos terrível: ações narcoterroristas.
Que o Criador de todas as matas, rios e igarapés, oriente os nossos eminentes ministros e lhes dê suprema sabedoria.
Poderá ser um caminho sem retorno para curumins e cunhatãs.
Guilherme Athayde Ribeiro Franco é Promotor de Justiça em Campinas/SP
(*) https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-11/pf-destroi-130-mil-pes-de-maconha-em-terra-indigena-no-para