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Artigo: A típica mãe e o mundo das mães atípicas – por June Camargo

Redação Por Redação
9 de maio de 2021
em Opinião
Tempo de leitura: 4 mins
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Foto: Pixabay

Foto: Pixabay

Antes de classificações detalhadas sobre ser mãe atípica ou típica merecemos esse olhar de quem é uma mãe. Ao meu ver, mãe é aquele ser que, tendo gerado ou não uma vida, se dispõe em alguma etapa do processo a ter um enorme coração pronto para amar infinitamente e, quem sabe, incondicionalmente, aquele pequeno novo ser. Diferente de quando ela era apenas uma, passa a ser duas e parte da nova rotina será conjugar um verbo novo, com ajuda da partícula apassivadora “se” – ironicamente apassivadora, porque mãe não combina com atitude passiva – e o verbo doar(-se) fica muito familiar. Conjugá-lo se torna hábito em sua vida pela manhã, à tarde, à noite, nas madrugadas, incluindo domingos e feriados, doar-se é tanto um ato de necessidade para o crescimento de quem ela recebeu nos braços quanto uma semente de recompensa psicoemocional que ela mesma planta e deseja secretamente ver brotar e vicejar.

Sem qualquer garantia de que a semente que recebe todo seu cuidado irá se tornar, ou não, uma árvore frondosa, um arbusto vistoso, uma bela flor ou apenas um raminho modesto há um desejo comum que nos une, tanto as típicas quanto as atípicas: ver nossas sementes florescerem felizes e à sua maneira.

Quase toda mulher grávida faz algum tipo de planejamento sobre seus dias futuros, quando ostentará a distintivo de mãe. Cursos de cuidados com o rebento, como trocar fraldas com uma amiga ou cunhada, cuidados com o próprio corpo e mente para assegurar o bem-estar do bebê e, se nada disso acontecer na maternidade, aprenderá na prática, a sangue frio, como dar banho naquele toco de gente capaz de escorregar da sua mão a menor distração. Parece bem pouco aos olhos de um observador menos atendo. Mas não. Fato é que nenhuma mãe foi preparada para aguardar a semente mostrar seus brotos para além do tempo previsto.

Ao notar qualquer atraso no surgimento dos primeiros brotos, a primeira opção é negarmos. Afinal, a simples ideia de que sua plantação talvez não vingue, gera estragos potenciais em diversos âmbitos da vida.

Falando apenas dos estragos dentro de si, sem mencionar os estragos tão comuns que acontecem na própria família, incompreensões de seres que sempre amamos e, de repente, deixam de ser admirados por sua dificuldade de respeitar a nova realidade, acontecem também na comunidade e na escola, em meio a interesses explícitos e implícitos que raramente podem ser verbalizados, porque nosso dever é proteger. Quando nossa plantinha não cresce, outra opção é recorrermos aos “agrônomos” capazes de nos orientar ao melhor manejo da semente: médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, educadores, geneticistas, outras mães (típicas e atípicas), nossas próprias mães… qualquer um deles há de ter sua dose de contribuição.

O adubo certo para direcionarmos aqueles galhos que mostram folhas verdinhas, prontas para subir, mas sem força suficiente, ou com uma força absolutamente desordenada. Banhos e fraldas agora são fichinha, e o planejamento, coordenação e execução das atividades que promovam as possibilidades da nossa plantinha erguer seus galhos em direção ao céu tornam-se preocupação diária. Esses galhos tão esperados também são chamados de fala, linguagem, andar, brincar, ler, escrever, olhar nos olhos. Ah, esse olhar nos olhos!

Ficar olhando nossa semente germinar e mostrar seus primeiros brotinhos de autonomia é um mundo silencioso recheado de expectativas, ansiedades e, para alguma de nós, de muita frustração e dor. Simplesmente porque eles não mostram seus brotos de maneira espontânea, no tempo previsto.

A sobrecarga e estresse que isso nos traz podem resultar em ansiedade, depressão, oscilações de humor, transtornos alimentares (só para começar). E ocupada em cuidar do filho, o capítulo de cuidar da mãe vai ficando para depois. Quem cuida? Ela mesma deve aprender a se cuidar. Com a mesma dose de paciência e aceitação que tem com seu filho. Afinal, depois de se tornar mãe deixou de ser uma e passou a ser dois. Passou a sentir por dois, sofrer por dois, sorrir por dois, dar o melhor de si em dobro. E embora não haja melhor presente do que saber que você está fazendo um ótimo trabalho, isso pode ser muito cansativo. É neste lugar que encontramos medos que julgávamos não existir e forças que não imaginávamos ter.

A nova mãe, tanto típica quanto atípica, tem o direito de localizar por si mesma eventuais culpas e, assim como, se autodeclarar exausta sem que isso diminua seu valor.

Tentar informar e diminuir a falta de informação e julgamentos dos outros é parte da missão, e caso não se sinta confortável é seu direito escolher distanciar-se ou ignorar pessoas que subtraiam sua energia de um projeto tão exigente. Unir-se àqueles que fazem seu coração sorrir e movem suas esperanças e forças em sua direção é o que desejo a cada uma hoje, e sempre. Comemorar as nossas vidas deve virar hábito. Vamos abraçar a nós mesmas e parabenizar aquela do espelho por ter chegado até aqui. Você é uma campeã como nenhuma outra.

 

June Camargo é mãe típica e atípica, deu vida à Marjorie, 22, que está no Espectro do Autismo (“TEA”) e João Lourenço, 16, neurotípico – ONG Friendship Circle

Tags: ArtigoDia das MãesHora CampinasONG Friendship CircleOpinião
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