A poeira parece ter baixado um pouco, mas o assunto não pode ser esquecido: os atos de violência e ataques a escolas precisam ser evitados e dissipados antes de novas tragédias acontecerem. O debate deve ser maior, mais amplo, não sendo centralizado apenas na internet, mas adentrando os locais de ensino. E aí fica claro que uma mudança precisa acontecer, para aumentar a segurança. E esta mudança tem nome: escola cívico-militar.
Desde 2019, quando estava em minha legislatura anterior na Assembleia Legislativa (Alesp), luto por este programa, que leva militares da reserva para escolas. Neste modelo, eles atuam assessorando nas ações de melhoria da infraestrutura escolar, participando da administração dos recursos, colaborando para a redução do abandono e evasão escolar. E mais: trabalham para a redução da violência escolar, contribuindo para o cumprimento da rotina escolar e desenvolvendo valores cívicos. Em outras palavras, estes militares assistiriam alunos, para garantir, entre outras coisas, a sensação de segurança e a liberdade do professor lecionar com mais respeito dentro de sala.
Parece-me evidente que qualquer pai ou mãe gostaria disso. Gostaria de saber que seus filhos vão estar bem e protegidos. Gostaria de sentir esta tranquilidade. E também gostaria de ver seus pequenos evoluindo em seu aprendizado, já que o sistema também visa uma melhora no processo de ensino e absorção dos conteúdos.
Pode-se dizer que a escola cívico-militar é um conjunto de ações realizadas, com o objetivo de atingir a gestão de excelência. Resultados como estes foram colhidos em anos anteriores. Escolas de várias regiões do Estado, como na Baixada Santista, onde nasci, tiveram melhoras visíveis.
Só que o ano virou, um novo Governo Federal assumiu o poder e escanteou o programa, que era desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC), com apoio do Ministério da Defesa. Os atuais governantes do nosso Brasil, entendendo que o sistema era uma bandeira de Jair Bolsonaro, simplesmente cortaram as verbas, inviabilizando a continuidade do trabalho, prejudicando os ótimos resultados obtidos pelo programa.
Não estou dizendo que a violência é fruto desta ação. Não há como afirmar isto categoricamente. Mas, posso assegurar que um mecanismo que traria grande contribuição para a segurança e o aprendizado foi, simplesmente, extirpado do povo. E por quê? Por revanchismo, em uma conduta lamentável.
Diante disso, de todo o cenário, percebemos que a volta da pauta das escolas cívico-militares é uma necessidade. Não é opção. Nossos jovens e nossas crianças, e toda a sociedade civil, precisam disso. É segurança, é gestão de qualidade, é melhora de ensino.
Por isso, sigo trabalhando, para que este modelo seja herdado pelo Governo de São Paulo, para que não dependa mais do Governo Federal. Vou seguir trabalhando firme, para que este sistema seja implantado, disseminado, difundido e atenda a uma necessidade de todos nós: paz nas escolas e colégios.
Matheus Coimbra Martins de Aguiar, conhecido como Tenente Coimbra, 1º Tenente do Exército, é Deputado Estadual pelo PL.