O Estado de São Paulo destaca-se, em vários países e estados brasileiros, pela qualidade e a excelência de produtos e serviços de inúmeros segmentos da economia. É o caso do agronegócio, dos setores têxtil, de enologia, tecnologia, farmacêutico e automotivo, além dos eventos e do turismo.
Diante desse cenário, está mais do que na hora de valorizar nosso produto interno e uma boa forma de fazer isso é com a inclusão de origem nas etiquetas, selos e embalagens de tudo o que é fabricado em nosso Estado.
Acredito que incluir a expressão Made in São Paulo em nossos produtos se transformará em um sinônimo da excelência e qualidade, já reconhecida por consumidores em todo o mundo.
Como exemplo, vale citar o agronegócio paulista, que lidera a produção de grãos como soja, milho e café, bem como a carne bovina, suína e de aves, de acordo com padrões internacionais de sustentabilidade.
No setor têxtil, como se sabe, São Paulo dita tendências e investe constantemente em tecnologias sustentáveis. E o que dizer da enologia, que se destaca com vinhos de alta qualidade, com o turismo rural e as viagens especialmente criadas para a degustação dessas bebidas?
Mas, São Paulo tem muito mais. A tecnologia e a inovação são impulsionadas por startups e centros de pesquisa. Já a indústria farmacêutica é reconhecida pela fabricação de medicamentos e estudos sobre novos fármacos. O setor automotivo é outro ponto forte do Estado com grandes montadoras e produção de peças.
Na área de serviços, o destaque são os eventos que movimentam inúmeros segmentos de nossa cadeia produtiva, atraindo, todos os anos, milhares de pessoas para congressos, seminários e feiras comerciais realizados em nossas cidades. Com isso, a economia do turismo também se beneficia, já que quem viaja precisa dormir, comer e acaba comprando e visitando o Estado, rico em atrações para todos os gostos.
Por isso, defendo a inclusão ou a criação de uma etiqueta ou selo, sem nenhuma conotação política, que poderá garantir benefícios econômicos e sociais significativos, entre os quais incluo o aumento da demanda por produtos locais, o fortalecimento de marcas, a geração de empresas, práticas sustentáveis e responsabilidade social.
Entendo que implantar a etiqueta não será uma tarefa simples. Será necessário um movimento consciente e colaborativo entre empresas, indústrias, associações, sindicatos com apoio e estímulo do governo.
Mas incluir o Made in São Paulo tem tudo para estimular a competitividade das empresas paulistas, abrir novas oportunidades para exportações, criar um ecossistema de inovação e fortalecer o turismo local.
Os próprios paulistas que fazem compras em São Paulo também vão se beneficiar, economizando ao comprar, localmente, produtos sem custos adicionais de importação, o que vai gerar um círculo virtuoso de excelência e sustentabilidade.
Em resumo: a expressão Made in São Paulo pode transformar a percepção dos produtos paulistas, consolidando o Estado como um exemplo de qualidade no Brasil e no mundo, fortalecendo a economia, incentivando a inovação e promovendo a perenidade e a preservação.
Toni Sando é presidente executivo do São Paulo Convention & Visitors Bureau, presidente da Unedestinos e membros da Academia Brasileira de Eventos e Turismo