Estamos no Maio Roxo, mês de conscientização a respeito de doenças inflamatórias intestinais (DIIs). Segundo dados mais recentes da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, o número de novos casos tem aumentado, o que revela uma tendência de crescimento nos últimos anos, causa que destaca a importância dessa ação para o conhecimento dessas doenças.
Apesar de não serem tão comentadas, elas atingem milhares de pessoas em todo o mundo, em especial, os jovens. Por isso, a importância do tratamento e diagnóstico precoce para ajudar na diminuição dos impactos ruins tanto na vida pessoal quanto profissional desses pacientes.
As causas ainda não estão bem definidas, mas podem estar associadas a fatores como consumo exagerado de comidas industrializadas e com alto índice de gordura, questões imunológicas e hereditárias.
As doenças inflamatórias intestinais são problemas crônicos que provocam lesões no intestino ou ao longo do sistema digestivo. Existem dois tipos diferentes de inflamação intestinal, sendo eles a Retocolite Ulcerativa e a Doença de Crohn.
A primeira é uma inflamação que começa no reto e pode subir na mucosa do intestino grosso. Já a Doença de Crohn é uma inflamação crônica que pode acometer qualquer parte do tubo digestivo, desde a boca até o anus.
Essas doenças podem causar sintomas como dor abdominal, acompanhada de diarreia com sangue e muco, anemia, perda de peso, entre outros sintomas.
Assim como a Retocolite Ulcerativa, o diagnóstico da Doença de Crohn é feito por um exame de colonoscopia com biópsia, além de outros exames de imagem e exames laboratoriais. O tratamento é realizado com medicação específica e dieta balanceada. O tratamento cirúrgico está indicado apenas em complicações como fístulas e perfurações. Por isso a importância de procurar sempre um proctologista!
Alline Simões é proctologista formada em medicina na PUC-Campinas, com título de especialista em coloproctologia pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia. Trabalha no Serviço de Urgência e Emergência do Hospital e Maternidade Celso Pierro – PUC Campinas, desde 2012, além de ser membro da Sociedade Brasileira de Coloproctologia e da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia.