O tênis brasileiro quebrou dois longos jejuns nos Jogos Pan-americanos Santiago 2023 na noite deste sábado (28). Marcelo Demoliner e Gustavo Heide encararam a torcida contra e o cansaço para conquistar o primeiro título de duplas masculinas do país em 24 anos. Já Laura Pigossi e Luisa Stefani ergueram a taça nas duplas femininas e encerraram uma escrita de 20 anos. O dia ainda teve a prata de Luisa e Marcelo nas duplas mistas.
A modalidade ainda terá a chance de aumentar a conta de medalhas de ouro com Laura Pigossi no torneio de simples. Ela enfrenta a argentina Lourdes Carlé neste domingo (29), às 17h (de Brasília). A partida terá transmissão do Canal 2 – Adhemar Ferreira da Silva no YouTube do Time Brasil.
O feito de Heide e Demoliner veio com vitórias sobre os chilenos Alejandro Tabilo e Tomas Barrios por 2 a 1, com parciais de 6/1, 2/6 e 10/7. O Brasil não celebrava um título de duplas masculinas em Jogos Pan-Americanos desde 1999, quando André Sá e Paulo Taicher foram ao topo.
“Está sendo uma grande semana e de muito aprendizado. Sou o mais novo da equipe e aprendo com todos. Hoje foi muito difícil, a torcida berrou o tempo inteiro, teve atrito entre os treinadores, mas para mim foi uma experiência extraordinária. Eu nunca tinha jogado nessas condições e gostei tanto que já quero a próxima (risos). É sem dúvidas e melhor semana tenística da minha vida”, celebrou Heide, que neste domingo encara a disputa pelo bronze de simples contra o compatriota Thiago Monteiro, às 13h (de Brasília).

No feminino, a reedição da parceria entre Laura e Luisa, que levaram o bronze em Tóquio 2020, mostrou mais uma vez entrosamento. A conquista veio com vitória sobre as colombianas Fernanda Herazo e Paulina Perez por 2 a 0, parciais de 7/5 e 6/3.
A parceria verde-amarela encerrou a semana sem perder nenhum set. A última conquista do Brasil nas duplas femininas no evento havia sido com Bruna Colósio Joana Cortez, em Santo Domingo 2003.
“Estou muito feliz de conquistar esse ouro com a Lau. Desde o começo estávamos buscando isso. Em Tóquio, escapou, e o bronze valeu como um ouro para a gente lá, dentro das circunstâncias, mas a gente veio aqui na missão e sabíamos o que queríamos. Acima de tudo foi mais uma experiência incrível jogando juntas e criando nossas memórias, que são momentos inesquecíveis, por isso foi super especial”, disse Luisa.
Prata nas duplas mistas
Horas depois das conquistas do ouro com suas duplas, Luisa e Demoliner se uniram para encarar mais uma pedreira. Na final de duplas mistas, os brasileiros lutaram até o fim, mas acabaram superados pela Colômbia por 2 a 0.