A amarga derrota por 2 a 0 dentro de casa para o Atlético-GO, em duelo que terminou com protestos da torcida contra a diretoria e o elenco, neste último domingo (15), no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, representou o sétimo jogo sem vitória da Ponte Preta, com quatro derrotas e três derrotas. Essa é a pior sequência da equipe em toda a temporada, algo que não acontecia há um ano e meio.
A Macaca não ficava tanto tempo sem vencer como agora desde a série que chegou a 10 jogos de jejum, entre fevereiro e abril de 2022. Na ocasião, o resultado foi o rebaixamento à Série A2. Desta vez, a equipe alvinegra tenta evitar a trágica queda para a Série C, mas a distância para a degola só vem diminuindo e agora está em apenas um ponto. Faltando seis rodadas para o fim da Série B, a Ponte é a 16ª colocada, com 34 pontos. A Chapecoense é o primeiro time dentro do Z4, com 33.
“É complicado pedir calma depois de uma derrota dessa, principalmente nesse momento, mas se a gente deixar o desespero tomar conta, ficará inevitável uma situação mais complicada. Eu, como comandante técnico da equipe, venho pedir tranquilidade nesses dias de trabalho que teremos pela frente para que, diante do Ituano, a gente tenha uma apresentação totalmente diferente. Peço também para que o torcedor nos incentive até o final. Estamos em uma situação muito complicada, mas não desesperadora”, tentou amenizar o técnico João Brigatti, em entrevista coletiva concedida após o primeiro resultado negativo da equipe sob o seu comando.
Em 2022, o rebaixamento da Ponte Preta para a Série A2 veio na última rodada do Campeonato Paulista, após um empate em 2 a 2 com o Ituano, no Moisés Lucarelli. Na ocasião, a equipe alvinegra completou oito jogos sem vitória. Por incrível que pareça, esse confronto se repetirá na próxima segunda-feira (23), às 20h, novamente no Majestoso, mas agora a Macaca não pode nem pensar em deixar escapar os três pontos novamente, senão chegará novamente a oito partidas de jejum, podendo entrar na zona de rebaixamento da Série B.
Na estreia de João Brigatti, em compromisso fora de casa no início da semana passada, a Ponte Preta havia empatado em 3 a 3 com o Sport, na Ilha do Retiro, em Recife. Na ocasião, a Macaca chegou a abrir 3 a 0 no primeiro tempo, mostrando bastante efetividade no ataque.
“Foram jogos diferentes. Contra o Sport, conseguimos fazer transições e os gols saíram rápido. Agora, o que me chamou a atenção negativamente foi a nossa saída da defesa para o meio-campo. Não preenchemos aquele setor, onde a segunda bola era sempre do Atlético. A gente sabia que era uma equipe bem postada dentro de campo e que nos daria muito trabalho. São essas situações de trabalho que a gente precisa rever durante a semana”, detectou o comandante pontepretano.
O comandante pontepretano também notou diferença no comportamento do elenco durante a preparação para os dois jogos em que ele esteve à beira do campo, desaprovando publicamente o que observou na mais recente semana de treinamento.
“Outra coisa negativa que me chamou a atenção durante a semana, algo que foi falado com eles também, foi a concentração ao longo dos treinamentos. Às vezes a gente via alguns jogadores dispersos, algo bem diferente do que foi a semana antes do jogo contra o Sport. A gente sentiu que alguns atletas estiveram abaixo. Nós temos que tomar cuidado com isso. A gente precisa de uma intensidade, principalmente nos treinamentos. Então precisamos conversar com a fisiologia e com a preparação física”, revelou Brigatti.