Um dia após a Coronavac receber aprovação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o governo de São Paulo confirmou o envio pela China de 6 mil litros de matéria-prima para produção de mais dez milhões de doses do imunizante contra a Covid-19. A remessa deve chegar ao Instituto Butantan no próximo dia 28, segundo o governo.
O IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) é fornecido pela biofarmacêutica Sinovac, parceira internacional do Butantan no desenvolvimento e produção da vacina. A última entrega foi concluída no dia 25 de maio, com o desembarque de 3 mil litros de insumos no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Com mais essa remessa, a Coronavac deve atingir a marca de 60 milhões de doses distribuídas no Brasil.
Ao chegar à fábrica do Butantan, a matéria-prima passa por processos de envase, rotulagem, embalagem e um rígido controle de qualidade antes da entrega das doses ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde. O prazo entre o desembarque do IFA e a entrega das vacinas prontas para uso gira em torno de 15 a 20 dias.
Em abril, São Paulo recebeu 3 mil litros de insumos. Em março, uma remessa de 8,2 mil litros, correspondente a cerca de 14 milhões de doses, chegou ao Butantan. Outros 11 mil litros desembarcaram no Brasil em fevereiro. No final de 2020, o Butantan já havia recebido IFA para a produção de 3,8 milhões de vacinas.
Em maio, o Butantan atingiu a marca de 47,2 milhões de doses entregues ao PNI, cumprindo o primeiro contrato firmado em 7 de janeiro com o Ministério da Saúde, que previa 46 milhões de vacinas. Agora, São Paulo está promovendo entregas referentes a 54 milhões de doses previstas no segundo acordo para o PNI, totalizando 100 milhões de vacinas.
O Butantan deverá passar a produzir a matéria-prima da vacina contra a Covid-19 a partir de dezembro, em uma nova fábrica que deverá ser entregue em setembro. O local terá capacidade para fabricar 100 milhões de doses do imunizante por ano.