Entidades das Nações Unidas reforçam que é preciso capturar e levar rapidamente à justiça os responsáveis das explosões ocorridas na quinta-feira (26) no Aeroporto Hamid Karzai na capital afegã, Cabul. Agências de notícias informaram que pelo menos 180 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no ato. Os ataques mataram pelo menos 13 militares americanos que estavam no local.
As reações mais recentes foram do Alto Comissariado para os Direitos Humanos e da Organização Mundial da Saúde (OMS), horas após condenação veemente dos atos feita pelo secretário-geral, António Guterres. Falando a jornalistas, em Genebra, o porta-voz do Escritório, Rupert Colville, afirmou que o ataque foi levado a cabo por um grupo afiliado ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante, o Isil-Khorasan.
Segundo ele, a intervenção foi “claramente calculada para matar e mutilar o máximo de pessoas possível: civis”. Entre elas “crianças, mulheres, pais, mães, assim como o Talibã e forças estrangeiras protegendo o aeroporto”.
Para Colville, o ataque “foi projetado especificamente para causar uma carnificina, e a causou”. Ele enfatizou que o ato hediondo teve como alvo civis desesperados, e se espera que os responsáveis sejam capturados e julgados.
Já a diretoria regional de Emergência para o Mediterrâneo Oriental da OMS destacou que a situação no Afeganistão permanece muito volátil e os ataques terroristas pioraram ainda mais a situação. As necessidades humanitárias consideradas “enormes e crescentes” colocam mais de 18 milhões de pessoas necessitadas “em um contexto de fome, seca, conflito e Covid-19”.
Mesmo depois de concluídas as evacuações de estrangeiros, milhões de afegãos vulneráveis “deverão continuar para trás, e a solidariedade global deveria ser expressa não apenas em palavras, mas também em ações concretas”.
Em 34 províncias, 97% das cerca de 2,2 mil unidades de saúde continuam abertas e funcionando, mas estavam ficando sem suprimentos que durarão apenas alguns dias. A OMS explora formas de importar mais suprimentos. O Aeroporto de Cabul, agora descartado como opção para o desembarque, deverá agora dar lugar ao Aeroporto Mazar-i-Sharif que vem sendo analisado. (Agência ONU News)