A Polícia Civil prendeu no começo da noite desta terça-feira (23), um homem de 38 anos, vindo do Camarões (África), suspeito de tentar dar o famoso golpe do “dinheiro branco” em um morador de Jaguariúna.
Segundo os policiais, o golpista teria tentado comprar a residência da vítima com o suposto dinheiro que veio do exterior, e que estaria coberto com um pó branco – mas que na verdade as ‘notas’ eram papel sulfite.
O camaronês foi detido em uma residência do condomínio Quinta das Laranjeiras, no bairro Vargeão, e com ele os policiais civis apreenderam uma mala com utensílios e produtos químicos que, na teoria, fariam as notas em branco se transformarem em reais.
Um cofre com dezenas de maços de papel (cortados no tamanho de notas verdadeiras), três celulares e um carro de luxo também foram apreendidos na operação.
A vítima desconfiou do golpe e denunciou à polícia, no momento em que o camaronês solicitou parte do valor da quantia da casa, cerca de R$ 50 mil, sob a promessa de que dobraria, ou triplicaria o valor do imóvel ao fazer as notas em branco se multiplicarem.
Através de uma vídeo chamada, o estelionatário exemplificou à vítima como o papel em branco se tornaria uma nota de R$ 100,00. Ele disse aos policiais que aplicava talco e iodo para deixar a nota verdadeira praticamente branca, e depois passava uma solução a base de comprimidos de vitamina C.
Conforme se observa no vídeo, gravado com exclusividade pelo Hora Campinas em uma simulação feita pela Polícia Civil de Jaguariúna, a nota real aos poucos surge ao passar da solução “mágica” elaborada pelo golpista.
O suspeito negou que tenha aplicado outros golpes usando a mesma técnica. Com ele os policiais encontraram o passaporte de um outro homem da mesma nacionalidade. Ele estava sozinho na residência no momento da prisão.
A delegada de Jaguariúna Gilmara Natália dos Santos deliberou a prisão em flagrante pelo crime de estelionato, permanecendo o camaronês à disposição da Justiça.
PRÁTICA COMUM
No Brasil, diversos casos envolvendo camaroneses e outros cidadãos africanos já foram registrados aplicando o mesmo tipo de golpe.
Há dois anos, uma dupla de camaroneses foi detida em Goiás após aplicar o mesmo golpe em um empresário, que estava vendendo um mercado. A vítima entregou R$ 200 mil com a promessa de fazer R$ 600 mil.
Os golpistas entregaram uma maleta lacrada com as notas falsas e o produto químico à vítima, sob a orientação de que o processo de revelação das notas aconteceria dentro de 24 horas – tempo suficiente para que os golpistas pudessem fugir.
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