A Prefeitura de Campinas abriu consulta pública para receber contribuições da população para subsidiar a elaboração do edital de concorrência para a chamada PPP do Lixo – a parceria público privada para a gestão do sistema de coleta e tratamento do lixo na cidade – um negócio que prevê contrato de 30 anos e um valor estimado R$ 8 bilhões. Esse deverá ser o montante que a Prefeitura deverá pagar ao concessionário ao longo do período da concessão. A estimativa é de que, neste ano, Campinas produzirá 317,2 mil toneladas de resíduos sólidos domiciliares.
Campinas deverá produzir 317,2 mil toneladas de resíduos sólidos domiciliares este ano
O edital será discutido em audiência pública marcada para 28 de junho. Até 24 de junho, a população poderá encaminhar críticas, pedidos de esclarecimentos e sugestões para o endereço eletrônico: [email protected], que serão respondidos em dez dias, por e-mail.
Com a PPP, a meta é viabilizar a operação do novo modelo de limpeza na cidade e a construção e operação de um Complexo Integrado de Valorização de Resíduos (CIVAR).
Deverão ser construídas três usinas. Uma delas será de reciclagem; outra de compostagem do material orgânico e uma terceira, que vai usar os restos das duas anteriores e transformar o material em CDR (Combustível Derivado de Resíduos) – o chamado carvão do lixo e que poderá ser vendido.
As minutas de edital e contrato e todos os estudos realizados, incluindo a atualização do Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, estão disponíveis no endereço https://www.campinas.sp.gov.br/governo/servicos-publicos/consulta-publica-residuos-solidos.php.
Plano de Resíduos
Os serviços a serem prestados têm como base o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, que traz como meta o estímulo à coleta seletiva, a reciclagem e o reaproveitamento de tudo o que for possível, com encaminhamento aos aterros apenas dos rejeitos. Esses rejeitos serão processados em usinas para a produção de combustível derivado de resíduos (CDR), utilizado em fornos industriais.
Entre as metas para as próximas três décadas estão a universalização de coleta em locais de difícil acesso, 100% de coleta, mecanização nos locais possíveis de implantação e 100% de coleta regular na área rural.
Também há previsão de coletar 10% do total de resíduos sólidos domiciliares de materiais recicláveis, ampliar a área de varrição manual das vias públicas para 15 mil quilômetros mensais, instalar 20 sistemas subterrâneos de contentores com no mínimo quatro compartimentos cada.
É meta, em 30 anos, ampliar para 100% a compostagem dos resíduos verdes coletados, fazer a manutenção e monitoramento dos antigos aterros e reabilitar ambientalmente as antigas áreas de disposição final.