Campinas inicia a semana com 7.967 mil casos de dengue confirmados este ano, segundo atualização do Painel de Monitoramento de Arboviroses, divulgada nesta segunda-feira (26). A região do Jardim Eulina lidera a concentração de maior incidência de registros, com 565 casos confirmados. Até o momento, nenhum óbito foi confirmado pela doença no município.
Em apenas quatro dias, mais de 1,2 mil moradores de Campinas foram confirmados com dengue. Atrás do Eulina, o Jardim Aurélia e o distrito de Sousas concentram a maior número de pessoas confirmadas com a dengue, com 260 e 246 casos, respectivamente.
De acordo com o Painel, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do distrito do Campo Grande e o Complexo Hospitalar do Ouro Verde atenderam o maior número de casos diagnosticados até agora: aproximadamente 960 pacientes.
Segundo o painel, 97,4% dos pacientes infectados apresentaram febre. Outros principais sintomas foram dores de cabeça (77,5%), dor no corpo (74,7%) e dor nos olhos (31,6%.
Há uma semana, Campinas mudou o protocolo de atendimento de pacientes com sintomas da dengue. A Secretaria de Saúde orienta aos moradores que apresentarem febre que procurarem imediatamente um centro de saúde para atendimento e orientações.
Antes, a recomendação da Saúde era para que o deslocamento só fosse realizado caso o morador tivesse febre e mais dois sintomas associados, entre eles, dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular ou dor atrás dos olhos.
Preocupação
Na primeira semana de fevereiro, a Saúde recebeu a confirmação dos primeiros casos de dengue na cidade causados pelos sorotipos 2 e 3 do vírus, que não circulavam desde 2021 e 2009, respectivamente. As amostras de sangue dos pacientes foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz e antes disso a metrópole só havia registrado sorotipo 1.
A circulação simultânea dos sorotipos 1, 2 e 3 do vírus da dengue ocorre pela primeira vez em Campinas.
Os grupos mais vulneráveis para os sorotipos 3 e 4 são crianças, adolescentes e adultos que não tiveram contato com a doença e com estes sorotipos. Há risco maior de dengue grave quando uma pessoa é infectada por tipo diferente ao anterior.
Mutirão
No último sábado (24), agentes de saúde visitaram 6,1 mil imóveis durante o 5º mutirão de 2024 para a prevenção e combate à dengue em Campinas. Os bairros visitados foram a Vila Vitória, Mauro Marcondes, Vida Nova I, Vida Nova II e Parque Aeroporto.
Do total de imóveis visitados, 3,8 mil foram trabalhados, enquanto 2,3 mil (39%) deixaram de ser acessados porque os espaços estavam fechados, desocupados e por conta das recusas de moradores às equipes que realizam visitas para realizar os trabalhos.
Na ação, funcionários da área de Serviços Públicos recolheram 1,5 tonelada de resíduos e entulhos descartados irregularmente em áreas públicas, e 108 bocas de lobo foram limpas. Já trabalhadores da Sanasa atuaram para distribuir folhetos informativos à população.
Os locais foram selecionados por causa do número de casos confirmados ou suspeitos de dengue nos últimos catorze dias e o objetivo foi mobilizar a população para mais cuidados, especialmente com os resíduos: jogar lixo nos locais corretos, destinar ao ecoponto e não utilizar terrenos baldios são tarefas importantes para evitar criadouros e reduzir casos.