Com a mudança de faixa etária realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), quase 50% dos diabéticos que dependem do uso de insulina para controlar a doença passam a ter acesso gratuito à caneta preenchida com o medicamento. O recurso é pouco conhecido e utilizado no Brasil, porém, traz enormes vantagens aos doentes crônicos. Nesta quinta (27) e sexta-feira (28), a campanha “Caneta da Saúde” estará em Campinas para esclarecer e orientar pessoas com diabetes e seus familiares.
Em Campinas, o caminhão que divulga a campanha estará nas imediações do Centro de Saúde do Jardim Aurélia, a partir das 8h, no intuito de reforçar a importância do dispositivo. O caminhão poderá ser encontrado nos arredores do CS, localizado na Rua Dona Licínia Teixeira de Sousa, 331, Vila Proost de Souza.
O Brasil conta mais de 13 milhões de pessoas com diabetes. Estima-se que 7% deles dependam do uso rotineiro de insulina como forma de tratamento e controle da doença. Foi pensando nesses pacientes e suas famílias, e no complexo contexto da pandemia, que surgiu a campanha “Caneta da Saúde”, uma iniciativa de saúde pública e fruto da soma dos esforços e da parceria entre a Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD) e da Novo Nordisk, além de contar com o apoio da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
O objetivo é informar e educar a população sobre as vantagens das canetas preenchidas de insulina, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o Brasil, para pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2, preferencialmente acima de 50 anos e menores de 19 anos.
Considerada um dos dispositivos mais modernos para o tratamento da doença, a caneta preenchida de insulina contribui para reduzir episódios de hipoglicemia e possíveis hospitalizações decorrentes desta complicação.
Diferente das seringas, que precisam de frascos e ampolas, e com a agulha mais fina e curta, que causa menos desconforto na aplicação, a “Caneta da Saúde” já vem preenchida com insulina e seletor de dose, o que garante maior precisão e menor risco de erro na aplicação. Além disso, pode ser transportada com facilidade e manuseada com praticidade pelas pessoas com diabetes, seus cuidadores e familiares.
“O diabetes não é uma condição individual. Trata-se de algo muito presente na vida de milhões de famílias. Neste novo cenário delicado de pandemia, há pessoas que estão no grupo de risco e podem desenvolver as formas mais graves da doença”, explica a endocrinologista e diretora médica da Novo Nordisk, Priscilla Olim Mattar.
A campanha
Por se tratar de uma iniciativa de utilidade pública, a campanha “Caneta da Saúde” tem abrangência nacional e contará com diversas iniciativas no ambiente digital e presenciais. No site https://www.canetadasaude.com.br, dedicado à campanha, a população encontrará informações e orientações sobre o diabetes, o uso de insulina, as vantagens e benefícios da utilização da caneta preenchida de insulina, além de um conteúdo que desmistifica inúmeras “fake news” sobre a doença e seu tratamento.
Diabetes e Covid
Já se sabe que pessoas com diabetes não estão mais suscetíveis a se contaminar se tomarem os cuidados recomentados pelas autoridades de saúde. No entanto, estando no grupo de risco, elas são sim mais suscetíveis a desenvolver as formas mais graves da doença quando o diabetes não está devidamente controlado.
Um tratamento adequado controla os picos glicêmicos evitando, por consequência, emergências médicas neste momento tão delicado da história mundial.
No mundo, o Brasil ocupa o 5º lugar entre os países com maior número de pessoas com diabetes por milhão de habitantes.
Canetas
Embora as canetas preenchidas de insulina estejam no mercado desde 1985, foi só em 2018 que elas foram incluídas no SUS, o que ampliou o alcance de tratamento para populações mais vulneráveis.
Essa tecnologia demonstrou melhorar a qualidade de vida de pessoas com diabetes e reduzir as emergências hospitalares em diversos estudos nacionais e internacionais. Por exemplo, 90% dos usuários de caneta afirmam precisar de menos assistência para aplicar a insulina, 64% das pessoas com diabetes que adotaram a caneta apresentaram menos episódios de hipoglicemia. Já um estudo entre médicos dos Estados Unidos mostrou que 97% deles acreditam que a aplicação de insulina com a caneta é melhor do que o uso de frascos, seringas e ampolas. E, na Itália, Estados Unidos e Irlanda, 90% das pessoas com diabetes consideram as canetas mais discretas, mais rápidas e fácies de usar.
Para mais informações acesse: https://www.canetadasaúde.com.br.