Foi sepultado na manhã desta quarta-feira (17) o corpo de Léa Ziggiatti Monteiro, grande incentivadora da cultura em Campinas. Ela faleceu nesta terça-feira (16), aos 87 anos. Musicista formada em piano e flauta, Léa também foi jornalista, advogada e escritora. Por cinco décadas, foi mantenedora do Conservatório Carlos Gomes, em Campinas, criado por seus avós em 1927. O velório e sepultamento ocorreram pela manhã, no Cemitério da Saudade.
A Academia Campinense de Letras, por meio de sua diretoria, expressou solidariedade pela partida da Léa Maselle Ziggiatti Monteiro. O presidente acadêmico Jorge Alves de Lima escreveu:
“Uma das mais destacadas musicistas de Campinas no digno exercício profissional junto ao Conservatório Carlos Gomes, com desempenho de suas responsabilidades, a exalar a essência ímpar da dedicação e abnegado labor perante as artes, deixando seu nome esculpido na história de nossa cidade que deve um tributo cunhado na mente e coração de todos nós.”
A Secretaria de Cultura e Turismo de Campinas também lamentou o falecimento. “A cultura de Campinas está de luto pelo falecimento de Léa Ziggiatti, que deixa um legado para as futuras gerações, fazedoras de cultura”, expressou a secretária Alexandra Caprioli.
Léa Ziggiatti fundou e foi regente da Orquestra Experimental do Conservatório, de 1965 a 1985. Ajudou a fundar a Orquestra Sinfônica Universitária, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), que mais tarde deu origem à Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, em 1970. Também escreveu peças e livros infantis, como “Gifredo, Anjinho das Reformas”.