A Secretaria de Saúde de Campinas resolveu retirar a exigência do uso de máscaras nas escolas da cidade em agosto, no retorno das férias de julho.
A decisão foi tomada durante reunião do Comitê Municipal de Enfrentamento da Pandemia de Infecção Humana pelo novo Coronavírus na manhã de quarta-feira (22). Segundo comunicado, o Comitê manterá as avaliações epidemiológicas necessárias para validar ou reverter esta decisão.
De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), a medida será possível porque os atuais dados epidemiológicos demonstram estabilidade e queda nos números de casos e de internação por Covid e por Síndromes Respiratórias Graves (SRAGs) em crianças.
Outro fator que permite a decisão, segundo o órgão, é que no mês de agosto, conforme série histórica, há redução acentuada de casos sintomáticos respiratórios, sendo período não sazonal para circulação de vírus respiratórios em geral.
“A análise de situação epidemiológica da Covid-19 e demais doenças respiratórias é realizada sistematicamente e discutida em reuniões periódicas do Comitê Municipal de Enfrentamento da Pandemia (Covid-19), estrutura em que são tomadas as decisões que visam assegurar a saúde da população campineira, sempre baseadas em indicadores epidemiológicos locais, de forma técnica e científica, desde o início da pandemia, em março de 2020”, explica a diretora do Devisa, Andrea von Zuben.
Andrea lembra que Campinas foi a única cidade do Estado de São Paulo a manter a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes escolares fechados, desde o dia 18 de março deste ano, para que riscos iminentes de alta transmissão de Covid e outras doenças respiratórias não se tornassem um real problema de saúde pública.
As escolas são ambientes de frequência obrigatória, permanência prolongada e grande número de presentes. Por isso, segundo o Devisa, a medida foi essencial para o controle das doenças respiratórias sazonais da infância e para o enfrentamento da pandemia de Covid-19 durante o período da nova onda da doença.
“As medidas preventivas no combate à Covid, como o uso de máscaras por pessoas suspeitas ou confirmadas de doenças respiratórias, higiene das mãos, entre outros, devem permanecer, em qualquer época e independentemente de qualquer regra”, observa a diretor do Devisa.