Quem buscou atendimento no Centro de Centro de Saúde Parque São Quirino na manhã desta quarta-feira (7) teve que voltar para trás ou correr em busca de outra opção. Os usuários foram surpreendidos com os portões fechados da unidade.
Na terça-feira (6), uma paciente agrediu uma técnica de enfermagem no local e o caso de violência interrompeu o atendimento. Os funcionários protestam por melhores condições de trabalho. O serviço foi normalizado no meio da manhã, segundo a Secretaria de Saúde.
De acordo com informações da Guarda Municipal, a agressão ocorreu durante o processo de acolhimento. A paciente teria reagido ao ser informada de que ela não faria o teste de Covid-19 após um longo período de espera. A funcionária não precisou de atendimento médico e a agressora foi encaminhada ao distrito policial após o registro de um Boletim de Ocorrência.
Nesta quarta-feira pela manhã, os usuários encontraram os portões fechados e nenhum serviço estava disponível. Na parte da frente da unidade, um cartaz com os dizeres “Violência Não” foi exposto pelos atendentes como forma de protesto.
A Secretaria de Saúde informa que o CS São Quirino retomou os atendimentos às 10h desta quarta-feira, dia 7, e que existe um projeto de implantação de uma central de monitoramento por câmeras de todas as unidades de saúde. A medida deve ser implantada até 2024.
O objetivo é garantir a segurança de pacientes e funcionários dos equipamentos de saúde. A Pasta lamenta a agressão à funcionária e se solidariza com ela. No entanto, não compactua com a paralisação.
“Os pacientes que tinham consultas marcadas antes deste horário foram avisados sobre a suspensão da assistência de rotina e terão os atendimentos remarcados para o mais rápido possível. A Secretaria de Saúde lamenta o episódio desta terça-feira, quando uma profissional de enfermagem foi agredida por uma paciente”, informou a Pasta em nota.
A ocorrência no CS Parque São Quirino é o segundo caso de violência registrado em uma unidade de saúde de Campinas no ano. No último dia 15 de março, a auxiliar de enfermagem Andrea Cristina Giacomelli também foi agredida por uma paciente na sala de acolhimento no CS Acylino de Souza Santos, no Jardim São José. Com hematomas e problemas psicológicos, a funcionária precisou ser afastada temporariamente e o caso gerou um ato em frente à unidade por parte da comunidade, que alegava precariedade no atendimento e tensão entre usuários e atendentes. Na ocasião, a Prefeitura informou que novos médicos aprovados em concurso público estavam sendo indicados para o CS no Jardim São José.