As chuvas contínuas em Campinas nos últimos dois meses começam a refletir no número de casos de dengue. Nos 30 primeiros dias de janeiro, foram confirmados pela Prefeitura 36 casos no município. No boletim divulgado nesta segunda-feira (6), com dados até 6 de fevereiro, o total aumentou para 61, ou seja, quase 70% de alta em seis dias.
Com as chuvas, o número de criadouros do mosquito que transmite a dengue cresce. A Secretaria de Saúde divulgou nesta segunda-feira um novo alerta da dengue em Campinas. O documento informa as áreas que estão com alto risco de transmissão da doença.
São sete bairros localizados nas regiões Norte (Jardim do Vovô, Jardim Interlagos e Village), Noroeste (Jardim Campos Elíseos e Jardim Florence 2), e Leste (Centro e Vila Costa e Silva). O objetivo do alerta é estimular a população para verificação dos potenciais criadouros em casa.
“Neste ano, o trabalho de combate ao Aedes terá que ser mais intenso. Campinas está no limiar favorável para uma aceleração da transmissão das arboviroses por causa do aumento dos mosquitos Aedes. Há necessidade de ampliar o controle larval, eliminar os criadouros. É um trabalho conjunto de conscientização e ação com a população”, avaliou Fausto Marinho Neto, coordenador de Arboviroses de Campinas, do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde.
No comparativo entre 2021 e 2022, o aumento de casos de dengue em Campinas chegou a 376%. Saltou de 2.357 para 11.230 no ano passado. Quatro pessoas morreram em decorrência da doença. Foram 19 casos de chikungunya no ano passado. De 2021 até início deste ano, não foram confirmados casos de zica em Campinas.