A histórica fonte de água do Largo do Pará está funcionando novamente. Quem passar pela praça pode observar o chafariz, recuperado, em uma das principais praças da região central de Campinas. O Largo do Pará, com uma área de 9, 9 mil metros quadrados, está recebendo obra de revitalização desde o dia 16 de setembro.
Nesta sexta-feira (27) as equipes do Departamento de Parques e Jardins, da Secretaria de Serviços Públicos, estão trabalhando na renovação da praça. A obra deve seguir por mais cerca de 10 dias.
O Largo do Pará, que fica entre as ruas Barão de Jaguara e Duque de Caxias e as avenidas Francisco Glicério e Aquidabã, tem o chafariz, de ferro fundido, como um destaque, um diferencial no cenário da região. Além do chafariz, equipamentos como o parque infantil, a academia ao ar livre e o coreto, estão recebendo manutenção e pintura; e o paisagismo e a iluminação da praça estão sendo refeitos.
O secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, conta que o Largo do Pará, que tem mais de 120 anos, é uma das maiores e principais praças da área central de Campinas. “A fonte de água da praça, de ferro fundido, é um dos equipamentos mais importantes do ponto de vista histórico. Data do final do século 19, construída pela antiga companhia de fundição Mac Hardy, de Campinas. A praça está em obras e já recuperamos a fonte, que voltou a funcionar”, explica o secretário Paulella.
A fonte funciona com um timer, que liga e desliga a água do chafariz de forma intermitente. Por cerca de uma hora a água jorra, depois desliga por uma hora e liga novamente.
O chafariz está no Largo do Pará desde 1933, transferido do Largo do Rosário. A companhia Mac Hardy, que fez a fonte, foi fundada pelo mecânico escocês Guilherme Mac Hardy, que veio para Campinas em 1872 para trabalhar na Companhia Lidgerwood. Depois de três anos deixou a companhia e fundou a própria empresa, onde produzia máquinas de beneficiamento de café, ferramentas, motores e caldeiras, entre outros.
Tombamento da praça
O Largo do Pará é tombado como patrimônio histórico e cultural desde 20 de maio de 2008 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc). Quando um lugar ou imóvel é tombado, é preciso preservar as características originais mesmo quando há necessidade de intervenção.
A denominação “Pará” à área foi dada pela Câmara Municipal em 1896, em homenagem ao maestro campineiro Carlos Gomes, porque foi no estado do Pará que o compositor morou parte da vida e faleceu.