Depois de longo período de estiagem, Campinas tem registrado chuva, com alto volume, há quatro dias seguidos. Só nesta segunda-feira (18), em pouco mais de 3 horas, foram computados 22,4mm de precipitação a partir das 7h. Nas últimas 72 horas foram 52,1mm.
De acordo com o Cepagri, da Unicamp, a média histórica para o mês é de 111,9. Nesses 18 primeiros dias de outubro já foram registrados 74mm, o que representa 66% da média histórica.
“Temos uma expectativa de que devemos atingir a média ou até superá-la”, adianta Ana Ávila, pesquisadora do Cepagri.
Deve continuar a chover na cidade até a próxima quarta, depois dá uma trégua e deve retornar a partir do dia 24, e se manter até o final do mês. De qualquer forma, as chuvas registradas do dia 1º até esta segunda já superam as precipitações de todo o mês de outubro de 2020, quando foram contabilizados 44,2mm.
Ainda segundo a pesquisadora, essa chuva não é o suficiente para fazer diferença em grandes reservatórios como os do Sistema Cantareira, mas já fazem a diferença na região, pois umedecem o solo e chegam a mananciais como o Rio Atibaia.
“Chuvas nas áreas de captação dos reservatórios e Rio Atibaia são importantes para o abastecimento de Campinas”, diz.
Cantareira
O Sistema Cantareira, conjunto de reservatórios que ajuda a abastecer a Grande São Paulo e a região de Campinas, está operando com 28,1%, segundo índice atualizado em tempo real pela Sabesp. A pluviometria acumulada no mês na região das represas é de 89,6mm (a média histórica de outubro é de 122,3mm).
Nos últimos 7 dias, de acordo com o monitoramento, o sistema Cantareira perdeu 0,50% da sua capacidade máxima, o que corresponde a 491 milhões de litros, que são equivalentes a 24.550 caminhões pipa de 20 mil litros;
A tendência é que as chuvas dos últimos dias tenham um impacto até o final do mês, melhorando um pouco o nível dos reservatórios. O Sistema Cantareira é formado pelas represas Paiva Castro, Águas Claras, Cachoeira, Atibainha, Jaguari e Jacareí. Parte delas pode ser vista às margens da Rodovia D. Pedro 1, nas cidades de Igaratá e Nazaré Paulista, nos dois sentidos da estrada.