Apresentado nesta quarta-feira (14) como novo técnico do Guarani, Claudinei Oliveira chegou na tentativa de aliviar a pressão no Brinco de Ouro. Com discurso otimista e disposto a deixar os atletas “confortáveis” dentro de campo, ele estreia nesta quinta-feira (15), no duelo contra o Santo André, no Brinco de Ouro, pela oitava rodada do Campeonato Paulista. Trata-se de um confronto direto contra o rebaixamento.
“A partida contra o Santo André pode até representar o início de uma reação que nos leve a surpreender e a conquistar a classificação”, falou Claudinei durante sua apresentação.
O Guarani vem de quatro derrotas seguidas e não vence no Brinco desde setembro do ano passado. Ameaçado de rebaixamento, depois de iniciar a competição com expectativas de conseguir a classificação, o time corre contra o tempo em busca de uma reação numa competição de tiro curto. Por outro lado, Claudinei entende que a reabilitação passa pelo estado emocional dos jogadores. Por isso, tenta aliviar a pressão sobre o grupo, principalmente para a partida contra o Santo André, encarada no clube como decisiva.
“É uma partida importante, mas não podemos colocar um peso excessivo em cima dos atletas”, ponderou. “Se o resultado não vier, não estaremos rebaixados e também ainda seguiremos com chances de classificação”, afirmou. Mas para que a vitória aconteça, a estratégia é escalar o time depois de muita conversa com o elenco.
“Não serei vaidoso ao ponto de chegar e mudar tudo para que a equipe tenha a minha ‘cara’. E nem há tempo para isso. A intenção é conversar com o grupo para saber de que forma cada jogador se sente confortável em campo. Não me preocupo agora com performance. O objetivo é conseguir o resultado.”
Demitido da Chapecoense na semana passada, Claudinei, de 54 anos, disse que sua intenção era descansar. No entanto, mudou de planos ao receber a ligação do Guarani. “Ser o primeiro da lista de um clube como o Guarani faz toda a diferença. Chego com muita vontade de trabalhar.”
Ao comentar seu estilo de trabalho, o treinador afirmou que não se prende a um esquema tático específico. E justificou esse perfil à realidade do futebol brasileiro, que leva o treinador a estar trocando de clube a todo instante. “Procuro adaptar o esquema dentro das características dos jogadores que tenho à disposição”, explicou, ressaltando que espera contribuir com sua experiência para uma mudança de trajetória do Guarani na temporada.