Em duelo que marca o retorno do técnico João Brigatti ao estádio onde alcançou o seu maior feito como comandante da equipe, há quatro anos, a Ponte Preta visita o Santos nesta quinta-feira (25), às 19h30, na Vila Belmiro, pela 2ª rodada do Campeonato Paulista.
Em 2020, sob o comando de Brigatti, a Macaca visitou a Vila pela última vez e eliminou o Peixe, então dirigido pelo português Jesualdo Ferreira, com uma vitória de virada por 3 a 1, em jogo único disputado na casa do adversário, com portões fechados devido à pandemia de Covid-19, pelas quartas de final do Paulistão.
Na ocasião, em partida disputada no dia 30 de julho de 2020, na Vila Belmiro, a Ponte Preta saiu atrás do placar antes mesmo dos primeiros 10 minutos, com gol de cabeça do atacante Marinho, após cruzamento de Soteldo pelo lado esquerdo. No entanto, pouco antes do intervalo, o próprio Marinho colocou tudo a perder ao soltar o braço no rosto de Dawhan, tomar o segundo cartão amarelo e ser expulso.
Com um homem a mais, a Macaca voltou para o segundo tempo destinada a mudar a história do jogo e, consequentemente, o classificado para a semifinal do campeonato.
Logo num dos primeiros ataques, a equipe alvinegra deixou tudo igual, em lance de escanteio que terminou com gol de cabeça do atacante Bruno Rodrigues, atualmente no Palmeiras. A bola passou no meio das pernas do goleiro Vladimir, hoje no Guarani.
A virada dos visitantes não tardou e veio 10 minutos depois, com o atacante Moisés, o mesmo que depois brilharia com a camisa do Fortaleza. Após entrar no intervalo, ele aproveitou rebote do arqueiro santista, em chute de fora da área de Bruno Rodrigues. No apagar das luzes, o meia João Paulo marcou um golaço, limpando e batendo colocando de fora da área, fora do alcance de Vladimir. Hoje, João Paulo defende o Avaí.
Além do trio que balançou as redes naquela vitória por 3 a 1 sobre o Santos na Vila, a Ponte também contava com o atacante Roger, artilheiro do século do clube, com 67 gols em 201 jogos, divididos por cinco passagens entre 2003 e 2020. Ele é o 15º maior goleador da história da Macaca.
Nas semifinais, a Ponte Preta foi superada pelo Palmeiras, à época comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, em jogo único no Allianz Parque, em São Paulo. O Verdão venceu por 1 a 0 e depois se sagrou campeão paulista, nos pênaltis, contra o Corinthians. Seis meses depois, com a chegada do português Abel Ferreira, o Palmeiras conquistaria a Libertadores da América, batendo justamente o Santos na grande decisão.
Outro destaque daquele time de 2020 era o goleiro Ivan, à época um nome frequente em convocações da Seleção Brasileira, tanto olímpica quanto principal. No entanto, ele nunca mais vestiu a amarelinha depois que deixou a Ponte rumo ao Corinthians, há dois anos. Aliás, pouco atuou desde então, com apenas 11 partidas disputadas de 2022 pra cá.
Sem muitas chances no Timão, Ivan foi emprestado ao Zenit, da Rússia, onde também jogou pouco. Retornou ao Brasil para defender o Vasco, mas enfrentou o mesmo problema e agora está no Internacional. Logo em sua estreia pelo Colorado, no último domingo (21), o goleiro rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito e precisou ser submetido a cirurgia. O prazo de recuperação é de oito meses, aproximadamente.
Confira abaixo a ficha técnica do duelo entre Ponte Preta e Santos, pelas quartas de final do Campeonato Paulista de 2020:
Santos: Vladimir; Pará, Luan Peres, Lucas Veríssimo e Felipe Jonatan; Alison (Jobson) , Diego Pituca (Jean Mota) e Carlos Sánchez; Soteldo, Marinho e Kaio Jorge (Arthur Gomes). Técnico: Jesualdo Ferreira.
Ponte Preta: Ivan; Jeferson (Moisés), Henrique Trevisan, Alisson e Guilherme Lazaroni; Dawhan, Apodi, Vinícius Zanocelo (Bruno Reis) e João Paulo (Danrley); Bruno Rodrigues e Safira (Roger). Técnico: João Brigatti.
Data: 30/07/2020 (quinta-feira), às 21h30.
Local: Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro), Santos (SP).
Gols: Marinho (SAN), aos 6′ do 1º tempo; Bruno Rodrigues (PON), aos 4′, Moisés (PON), aos 15′, e João Paulo (PON), aos 42′ do segundo tempo.
Árbitro: Salim Fende Chavez.
Cartões amarelos: Marinho (2x), Arthur Gomes e Pará (SAN); Jeferson (PON).
Cartão vermelho: Marinho, aos 43′ do 1º tempo.