Diagnosticado com Covid-19 desde a última segunda-feira (20), o prefeito de Campinas, Dário Saadi, foi internado no hospital Vera Cruz/Casa de Saúde nesta quinta-feira (23) para realização de exames. Ele deve passar a noite no hospital em um leito de enfermaria conveniado com a Prefeitura pelo SUS.
Em razão da internação, Dário pediu afastamento do cargo por 15 dias a partir desta quinta-feira (23). O vice-prefeito Wanderley de Almeida assume a Prefeitura de Campinas neste período.
Boletins médicos serão divulgados pela direção do hospital a partir de amanhã (24) pela manhã
Segundo a assessoria, o prefeito sentiu forte cansaço ao longo do dia e, por isso, houve a decisão pela internação. Boletins médicos serão divulgados pela direção do hospital a partir de amanhã (24) pela manhã.
O prefeito teve o diagnóstico para Covid-19 confirmado na segunda-feira (20), após exame PCR. Ele já havia completado o chamado ciclo vacinal – ou seja, já havia tomada as duas doses da vacina.
De acordo com a assessoria, ele começou a sentir os primeiros sintomas da infecção no dia 17 de setembro. A assessoria informou ainda, que ele apresentava sintomas leves da doença e que passava bem. O compromissos públicos, no entanto, foram todos suspensos e ele passou a cumprir sua agenda de trabalho, de casa. E desde então vinha cumprindo o isolamento.
A Secretaria Estadual de Saúde informa que uma pessoa com o esquema vacinal completo, ou seja, que tomou as duas doses conforme a recomendação do fabricante ainda pode pegar Covid-19 e transmiti-la a outras pessoas.
“A vacina protege da doença, não da infecção: na maioria dos casos, uma pessoa vacinada não vai ficar doente ou então vai desenvolver uma infecção assintomática ou leve”, informa a secretaria.
A diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas, Andre Vin Zuben diz que as vacinas contra a Covid-19 foram desenvolvidas pensando num grande problema – que era diminuir o enorme fluxo de pacientes que precisavam ser internados no mesmo período de tempo, provocando grande demanda por leitos, oxigênio etc. “Então, a vacina foi desenvolvida com esse objetivo e testada com esse objetivo e tem conseguido dar conta”, afirma ela.
“Na realidade é muito raro a vacina que impeça completamente a infecção”
“Na realidade é muito raro a vacina que impeça completamente a infecção. A maioria das vacinas diminuem a gravidade dos casos”, afirma a diretora.
“Para diminuir a infecção, é aí que a gente fala que 90% da população tem que estar vacinada, porque daí, cada vacinado tem menos chance de expelir o vírus e menos chances de infectar outra pessoa”, pondera.
“Se todo mundo estiver nessa mesma situação, vai ter menos vírus circulando e a consequente transmissão para toda a população. Mas as vacinas desenvolvidas já conseguiram um grande feito, que é diminuir um pouco a transmissão e praticamente zerar a gravidade e óbitos”, afirma.