Com aumento no número de casos e de internações e baixa adesão de crianças à vacinação, Campinas retoma nesta segunda-feira (7), as aulas presenciais na rede municipal. São mais de 43,8 mil alunos de 179 escolas de ensino infantil, fundamental e EJA (Educação para Jovens e Adultos) que retornam às salas depois de longo período de ensino remoto.
A decisão de manter o retorno para o dia 7 foi reiterado no dia 20 de janeiro – quando já se tinha um panorama mais claro sobre o aumento de casos de covid na cidade. Segundo a secretaria, a decisão foi tomada com o aval do Comitê Municipal de Enfrentamento da Pandemia de Infecção Humana pelo novo Coronavírus (Covid-19).
Na última sexta-feira (4), em entrevista coletiva, o prefeito Dário Saadi (Republicanos) reafirmou a decisão e disse que as escolas estão preparadas para receber os alunos em segurança.
Até a última sexta – o último levantamento oficial divulgado pela secretaria de saúde – menos de 20% das crianças de Campinas tinham tomado a vacina contra a Covid. De mais de 112 mil do público alvo dos 5 aos 11 anos – pouco mais de 22 mil haviam recebido a imunização.
Esse número aumentou um pouco no final de semana, quando quase 10 mil crianças foram vacinadas no Dia D promovido pela secretaria de saúde.
Por conta da baixa adesão, a Prefeitura anunciou que vai fazer a vacinação diretamente nas escolas. Decidiu ainda que os pais que não autorizarem a vacinação dos filhos, terão de assinar um termo de compromisso, se responsabilizando pela decisão. Ainda não há data definida para o início da vacinação nas escolas.
Prejuízo
A secretaria de Educação diz estar investindo mais de R$ 180 milhões em tecnologia para diminuir os prejuízos pedagógicos causados pela ausência de aulas presenciais durante a pandemia e dar mais efetividade à educação.
Entre os equipamentos de informática adquiridos para alunos e professores estão tablets, mesas interativas, chromebook, projetores, leitores digitais de livros e sistema de videoconferência. A Secretaria de Educação também disse ter contratado mais 750 vagas do curso de formação para docente em aulas digitais. Em 2021, foram 300 vagas.
A pasta informa que parte das aquisições começou em 2021, mas as compras estão sendo ampliadas este ano, como a de chip de internet 4G, a distribuição de chromebook para os alunos dos anos finais do ensino fundamental, aquisição de software e de outros materiais que facilitam o acesso da criança e do adolescente ao ensino.
Segundo o secretário de Educação, José Tadeu Jorge, as compras foram pensadas para cada ciclo e também no acesso do aluno à tecnologia fora da escola.
Os leitores digitais, por exemplo, serão disponibilizados para todos os alunos do ensino fundamental. Os chromebooks serão distribuídos, também, para os estudantes dos anos iniciais. Para a educação infantil, os tablets serão de grande valia na continuidade das atividades em casa, avalia ele.
Na infraestrutura das escolas, o secretário citou as mesas digitais para as salas de videoconferência como grandes aquisições.
Uniforme e material
Para a compra de uniformes, materiais escolares, kits para os professores, máscaras e álcool em gel, a Secretaria de Educação investiu cerca de R$ 30 milhões.
São 44.250 kits de uniforme para os alunos da educação infantil; 23.500 para os do ensino fundamental; e 3.500 para os da EJA (Educação para Jovens e Adultos).
Os alunos do ensino fundamental e infantil recebem um agasalho, uma calça, duas bermudas, duas camisetas de manga curta e duas de manda comprida. No caso da EJA, são duas camisetas de manga curta e um agasalho.
Os kits de material escolar da rede municipal têm mais de 40 itens e variam de acordo com o ciclo do estudante. Eles contam com caderno, lápis de cor, caneta, canetinha, tinta, massa de modelar apontador, folhas de papel etc.
Segundo a secretaria, tantos os uniformes como o material escolar estão sendo distribuídos para os alunos. A expectativa da secretaria é que todos recebam seus kits ainda no mês de fevereiro.