Lucão, central do Vôlei Renata, é uma das estrelas da Superliga Masculina 2021/2022. O gigante de 2,10m chama atenção pelos ataques e saques potentes, mas o jeito discreto e a máscara, marca registrada do atleta, escondem um lado pouco conhecido: o zen. Uma das armas do time campineiro para o duelo contra o Fiat/Gerdau/Minas, neste domingo (07), às 19 horas, no Ginásio do Taquaral, em Campinas, o camisa 16 cuida da mente e usa a meditação para se manter em alto nível.
“Para muita gente ainda é um tabu falar sobre isso. Se for pegar os atletas de alto rendimento, a grande maioria dos vencedores, dos campeões, estão usando essa ferramenta para trabalhar. Só estando no dia a dia para saber o quanto ajuda, o quanto melhora a performance. A partir do momento que a pessoa entra de verdade no processo e começa a ver a ajuda e o upgrade que dá na carreira, acho que um pouco desse preconceito vai caindo”, comenta o central. A preparação de Lucão se reflete dentro da quadra. O central é um dos dez maiores pontuadores da Superliga, com 27 acertos, e é o terceiro melhor atacante da competição, com 65% de aproveitamento no ataque.
O duelo deste domingo, válido pela terceira rodada da Superliga Masculina, terá transmissão do Sportv 2. Será o 15º jogo do Vôlei Renata no Ginásio do Taquaral em 2021. Foram 12 vitórias. A partida terá casa cheia. A equipe campineira terá toda capacidade permitida (40%) para este jogo. Os ingressos para a partida foram esgotados em apenas 28 minutos.
Na rotina de treinos, jogos e viagens, Lucão tem um espaço dedicado para olhar para dentro de si. Independente do campeonato ou adversário, o central para por alguns minutos para entrar em contato com a própria consciência e treinar a mente para a exigência que vai enfrentar.
“Meu ritual pré-jogo é um pouco diferente, procuro fazer uma meditação, na qual eu imagino coisas que vão acontecer, estratégias que vou montar, passo por algumas situações como ataque, bloqueio e saque como se fosse uma prévia da partida. Trabalhei coaching por quase três anos, por uma necessidade que eu tinha de ansiedade, que estava subindo muito. Esse ritual me ajuda a ter um controle sobre a ansiedade, me ajudou a entender como o cérebro funciona, como posso trabalhar pré-jogo e também todos os dias para ter uma tranquilidade maior durante a partida”, complementa Lucão.