Com mais de 1,2 mil casos confirmados no primeiro mês do ano, Campinas emitiu novo boletim com 12 áreas em alerta para a doença em virtude do alto potencial de transmissão. Segundo a secretaria de Saúde, os bairros foram selecionados em virtude dos casos confirmados ou suspeitos nos últimos sete dias. Em 2023 foram registrados 11.269 casos e três vidas perdidas. Em 2024 são 1.202 infectados.
As áreas indicadas como sendo de alto risco são:
– Parque São Quirino e Vila 31 de Março (Leste)
– Jardim Campineiro, Jardim São Marcos e Vila Esperança (Norte)
– Jardim Rossin (Noroeste)
– Jardim Nova Europa e Vila Campos Salles (Sul)
– Cohab, Imperial Parque e Jardim Conceição (Suleste)
– Vila União (Sudoeste)
Campinas ainda espera resposta do Ministério da Saúde ao ofício enviado pelo prefeito Dário Saadi, em que ele reivindica a entrega de vacinas contra a dengue para a cidade. A metrópole ficou de fora da lista de municípios contemplados com a 1ª dose.
Em comunicado, o governo informou que as regiões selecionadas atendem a três critérios: “municípios de grande porte, ou seja, mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão de dengue registrada em 2023 e 2024, e com maior predominância do sorotipo DENV-2”.
O público-alvo da vacinação contra dengue reúne crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações pela doença no País.
De acordo com a Secretaria de Saúde, Campinas atende a maioria dos requisitos para recebimento dos imunizantes e a avaliação epidemiológica sinaliza a urgência de inclusão dela na relação de cidades. A exceção da lista é somente o indicador sobre o sorotipo DENV-2, que não circula no município desde 2021.
Levantamento
A Pasta estima concluir até a primeira semana de fevereiro o primeiro LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti) de 2024. Ele auxilia no direcionamento de ações para a prevenção e combate à doença.
O coordenador do Programa de Arboviroses, Fausto de Almeida Marinho Neto, explicou que o levantamento é importante para mostrar a infestação do mosquito na cidade. A análise ocorre a partir de um sorteio amostral de quarteirões de todas as áreas de abrangência de todos os 67 centros de saúde.
“Por isso, é importante que a população colabore com os agentes da Saúde para que essa análise possa ser concluída e nos traga dados para o direcionamento de ações”, ressaltou.
O levantamento anterior foi realizado em outubro de 2023 e, à época, já sinalizava um cenário mais preocupante do que o verificado no mesmo mês do ano anterior. Com isso, a Prefeitura reforçou a comunicação com a população e começou a organizar novas ações.
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