Por Kátia Camargo, Especial para o Hora Campinas
O Hora Campinas e a Fundação Educar lançaram no ano passado a coluna Retratos da Juventude. A ideia é saber o que pensam, quais são os sonhos e desafios dos nossos jovens. Nas escritas, os participantes que iniciaram o projeto contaram suas vivências e impressões sobre o mundo, abrindo o coração a cada texto publicado.
Em 2023, a coluna entra em seu segundo ano e passa a se chamar Retrato das Juventudes, pois o dia a dia mostra que existem diferentes realidades e diferentes juventudes. A essência continua a mesma, pois o portal se tornou um espaço de diálogo, escuta e conversa entre os leitores e esses jovens que têm tanto a dizer.
Jonas Santos, Majori Silva, Rafaela Obrwnick e Rafaela Negretti trouxeram durante todo o ano passado temas muito relevantes e experiências únicas vividas em seu cotidiano.
Em 2023, as novas colunistas Giovanna Quesia, Marina Vieira e Mickaelly Silva, com idades entre 15 e 19 anos, vão contribuir com novas reflexões e debates para a pauta.
Para a gestora da Fundação Educar, Cristiane Stefanelli o projeto Retrato das Juventudes é uma oportunidade importante para que as juventudes – jovens heterogêneos e de contextos diferentes, possam além de adquirir as competências da escrita, expressar o que pensam sobre questões sociais, a partir de suas percepções e vivências.
“Apoiar esse espaço junto ao Hora Campinas está alinhado aos princípios da Educar, de criar condições e oportunidades de desenvolvimento do protagonismo juvenil. Após acompanhar a primeira edição, acredito ainda mais na potência dessa proposta transformadora!”, diz Cristiane.
O editor-chefe do portal Hora Campinas, Marcelo Pereira, destaca a importância de ter o olhar dos jovens dentro do portal. “Nosso projeto está alicerçado na diversidade e na pluralidade. O mundo adulto já está representado de forma bastante consistente na mídia em geral, com os temas e as preocupações pertinentes desta faixa etária. Falar com e para os jovens, pelo olhar de quem está saindo da adolescência, é uma oportunidade incrível para aprendermos juntos”, avalia o jornalista. “Sejam bem-vindos novos colunistas”, finaliza Pereira.
Conheça nossas colunistas:
Giovanna Quesia, 15 anos, é gêmea do Narcizo, e tem outros dois irmãos Jonathan e Paulo. Apaixonada por arte, ela conta que pinta quadros e até a parede do seu quarto. Seu artista favorito é Vicent Van Gogh e tem uma tela que reproduziu dele chamada Noite Estrelada.
Devoradora de livros, adora ler romances e fantasias, mas reveza bastante o gênero para não ter uma ressaca literária. Desde nova escreve diários, falando de seus sonhos e desafios. Considera um diário como seu melhor amigo. Giovanna acaba de ingressar no Ensino Médio e está cursando enfermagem no Cotuca. Pensa em prestar medicina, mas está aberta para outras possibilidades.
Sempre atenta a oportunidades, no ano passado participou da Academia Educar. Está sempre ligada ao movimento feminista negro e movimento negro e tem muito orgulho de seu cabelo black power que evidencia a cultura e a resistência negra. Seus pais são grandes motivadores para que os filhos sigam estudando.
Marina Vieira, 16 anos, é muito participativa na escola e está sempre envolvida em projetos que ajudam a melhorar a educação. A jovem estuda bastante sobre política, adora ler e escrever poesias. Sabendo da força da escrita foi uma das responsáveis por criar o Jornalzinho do Grêmio, da sua escola. Tem um olhar muito apurado para a fotografia e principalmente para a beleza das paisagens que encontra pelo caminho.
Gosta muito de música e busca conhecer os processos de produção musical. Ao frequentar a Academia Educar, primeiro como participante e depois como monitora descobriu que gosta de cuidar de pessoas. Aluna do Ensino Médio, pensa em cursar história na faculdade e já defende as causas que acredita. Quando for professora sonha em ajudar a transformar a vida dos estudantes e fazê-los acreditar em toda sua potência de mudar o mundo.
Mickaelly Silva, 19 anos, conta que é movida pelo afeto, nasceu e cresceu em uma família muito amorosa. Para ela, estar presente e saber escutar o outro são características muito importantes para a humanidade. Adora pipoca, pois o cheiro do milho estourando na panela e o sabor, remetem ao carinho do avô na infância. Acredita que a escola é um espaço de muitas trocas e aprendizados, tanto que sempre foi muito participativa em todas as atividades.
Encantada pela leitura desde a infância Micka, como é chamada pelos amigos, adora escrever poesia e até recitá-las. Recentemente escreveu um lindo poema refletindo sobre a passagem do tempo, fez um vídeo e compartilhou em seu instagram @mickaellythamires.
No auge dos seus 19 anos ela faz uma avaliação preciosa do significado do tempo em sua vida. A jovem que entrou para a Academia Educar aos 14 anos, foi monitora e hoje trabalha como auxiliar de projetos na Fundação Educar, mostrando a força do movimento de jovem para jovem. Acredita que os professores são agentes de transformação e pretende cursar psicopedagogia.