A SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas) manifestou preocupação em relação à pesquisa realizada pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) sobre a obrigatoriedade da vacina contra covid-19 para crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses.
Em documento assinado pelo diretor científico da SMCC, Antonio Condino Neto, e pela diretora do Departamento Científico de Pediatria da entidade, Silvia Helena Viesti Nogueira, a instituição afirma que a pesquisa “gera insegurança e um convite à hesitação vacinal”.
Segundo o CFM, que lançou a pesquisa em 9 de janeiro, o objetivo é conhecer a percepção dos 560 mil médicos brasileiros sobre a obrigatoriedade da vacinação contra covid-19 em crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses.
Diante da polêmica gerada em torno do assunto, o CFM soltou, posteriormente, no dia 12, uma nota de esclarecimento à população brasileira.
No comunicado, destaca que a pesquisa não contesta a eficácia ou a decisão do Ministério da Saúde de disponibilizar a vacina para a população infantil.
Afirma ainda que o objetivo é apenas “compreender a visão dos médicos, como profissionais capacitados a manifestar opiniões embasadas em conhecimento técnico-científico, sobre a obrigação imposta aos pais para que as crianças nessa faixa etária sejam vacinadas contra covid-19, independentemente de prescrição médica”.
De acordo com a nota divulgada pela SMCC, “a vacinação da faixa etária mencionada encontra sólida base científica e epidemiológica, assegurando a sua eficácia e segurança”.
A nota segue: “as vacinas oferecidas pelo Programa Nacional de Imunizações são um direito das crianças e adolescentes confirmado pelo ECA (Estatuto da Criança e adolescente), que deverá ser respeitado”.
Confira na íntegra a nota da SMCC sobre pesquisa do CFM:
“A SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas) ratifica que as vacinas oferecidas pelo Programa Nacional de Imunizações são um direito das crianças e adolescentes confirmado pelo ECA (Estatuto da Criança e adolescente), que deverá ser respeitado. Portanto, considera que a consulta do CFM (Conselho Federal de Medicina), endereçada aos médicos a respeito da opinião individual de cada um sobre a vacinação contra a covid-19 para crianças de 6 meses a 5 anos, gera insegurança e um convite à hesitação vacinal. Reitera, ainda, que a vacinação da faixa etária mencionada encontra sólida base científica e epidemiológica, assegurando a sua eficácia e segurança”.
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