A mudança no quadro das síndromes respiratórias levou a Secretaria de Saúde de Campinas a alterar também a forma como os boletins de ocupação de leitos de UTI-Covid é divulgada. De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Andrea von Zuben, o motivo é o fato de que somente 2% dos diagnósticos realizados atualmente no município serem de Covid-19. Todos os demais são de outras síndromes respiratórias.
“A redução de pacientes internados com Covid-19 é um avanço demonstrado por Campinas, que conseguiu diminuir em 98% as taxas de ocupação das UTIs com estes pacientes. Isso é resultado dos altos índices de vacinação que a cidade alcançou”, disse Andrea.
A taxa de ocupação das UTIS será informada como casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). O boletim também informará o número de pacientes com confirmação de Covid-19, internados em enfermaria ou UTI. A mudança entrou em vigor na sexta-feira (17), quando novo boletim foi divulgado pela Secretaria de Saúde.
Segundo o boletim, somente 6,7% das vagas disponíveis em UTIs estavam ocupadas por pacientes com Covid. Do total de internados em unidades intensivas, 13,7% tinham diagnóstico positivo para a doença. Os demais apresentavam complicações originárias de outras síndromes respiratórias.
Na sexta-feira (17), Campinas contava com 59 leitos de UTI exclusivos para pacientes com SRAG (Síndromes Respiratórias Agudas Graves) nas redes pública e particular de saúde. Deste total, 29 estavam ocupados, o que corresponde a 49,15%. Havia 30 leitos livres nas redes municipal e privada. Eram 15 pacientes adultos com Covid-19 internados em enfermaria e quatro em UTI. Os demais 21 pacientes apresentavam outras síndromes respiratórias.
Crianças
As internações de crianças por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em UTIs e enfermarias no SUS Municipal de Campinas já superam neste ano em quase três vezes as ocorridas no ano passado. Foram 486 internações no ano passado e 1.030 neste ano, considerando que os dados de dezembro de 2021 estão computados até o dia 14.
As internações de crianças nas duas primeiras semanas deste mês já são o dobro das ocorridas nos 30 dias de dezembro de 2020, informou a Prefeitura de Campinas.