O prefeito de Campinas, Dário Saadi, enviou nesta quarta-feira (6), um ofício à ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, para reivindicar uma audiência entre ela e a diretoria da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) para discutir sobre repasses de recursos emergenciais aos municípios para enfrentamento à dengue.
Dário é vice-presidente de Saúde da FNP e o objetivo é abrir um diálogo sobre estratégias para orientar as cidades no contexto de epidemia. Já o pedido de verba tem três focos:
– contratação de agentes que atuam para controle da doença
– reforço do estoque de soro
– nebulização, entre outros insumos
O valor para cada município depende da análise sobre a realidade de cada um.
“A parceria entre o Ministério da Saúde e os municípios é essencial para o êxito nas ações de prevenção e enfrentamento à dengue”, diz documento assinado por Dário e pelo presidente da FNP e prefeito de Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira.
No documento, a Frente destacou a urgência da questão para a saúde pública, a crescente epidemia, e reivindicou à ministra que a audiência “seja marcada tão logo quanto possível”.
O que já foi feito?
A Secretaria de Saúde de Campinas informa que desde dezembro de 2023 já colocou em prática uma série de medidas consideradas adicionais, sobre o plano regular de prevenção e combate à dengue, que inclusive começaram a ser copiadas por outros municípios brasileiros diante do contexto do aumento de casos da doença.
Neste ano, agentes de Saúde já visitaram 24,5 mil imóveis em cinco mutirões e ações de visitas às residências que antecederam estes trabalhos específicos para orientar a população e eliminar criadouros do mosquito transmissor da doença. O próximo será realizado neste sábado, 9 de março, e vai percorrer imóveis em nove bairros.
O plano inclui uma Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e um novo site para divulgar informações. Os mutirões começaram em 6 de janeiro, nas regiões com mais casos, e a programação com esta frequência está mantida pelo menos até o início de abril.
Nestas ações, a Administração usa drones para localizar grandes criadouros do mosquito Aedes aegypti como piscinas e caixas d’água em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono. Com isso, chaveiros podem ser acionados e esta medida está respaldada em decisão judicial de 2020, proferida nos autos do processo judicial n.º 1005810-97.2014.8.26.0114, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas.