Com a metade do ano chegando, a temporada da Ponte Preta tem sido marcada por um sistema defensivo regular e um ataque inconstante. Em 22 jogos oficiais no ano (12 pelo Paulistão, 1 pela Copa do Brasil e 9 na Série C), o time sofreu apenas 16 gols e marcou 22 — mas enfrentou dificuldades para manter uma formação estável e repetir escalações.
No Campeonato Paulista, a Macaca teve a melhor defesa da primeira fase, com apenas 8 gols sofridos, mas também foi o quarto pior ataque (12 gols). Na Série C, o cenário se repete: são 9 gols marcados em 9 jogos e 7 sofridos — sendo que 4 deles aconteceram em uma única derrota, contra o Brusque.
Isso faz da Ponte a terceira melhor defesa da competição, ao lado de CSA, São Bernardo e Floresta, atrás apenas de Náutico e Brusque.
O elenco de Valentim: quem mais joga?
Ao todo, 26 atletas diferentes foram titulares em algum momento da temporada. São os mais recorrentes:
Diogo Silva (21 jogos)
Jean Dias (20 jogos, 3 gols)
Maguinho (19 jogos, 1 gol)
Emerson Santos (18 jogos)
Artur (17 jogos, 1 gol)
Completam o grupo dos mais presentes
Danilo Barcelos (15 jogos, 2 gols) — que se lesionou e só volta em 2025
Serginho (14 jogos, 1 gol)
Saimon e Léo Oliveira (13 cada)
Lucas Cândido (12 jogos)
A força da defesa
O bom desempenho defensivo passa, em parte, pelas atuações do goleiro Diogo Silva, de 38 anos, que passa segurança debaixo das traves. No paulista, o goleiro chegou a garantir uma vitória contra o Mirassol, fora de casa, defendendo um pênalti e ajudando com outras defesas.
A consistência também veio do esquema com cinco defensores utilizado por Valentim. Quem mais esteve presente nesta linha foi Maguinho, Saimon, Emerson Santos, Danilo Barcelos e Artur. Desde que foi contratado, Wanderson teve espaço. O zagueiro, ex-CSA, se firmou na Ponte como titular e ajudou a manter a média defensiva baixa.
O ataque ainda preocupa
Com uma média de um gol por jogo na Série C, a Ponte ainda não conseguiu se firmar ofensivamente. Nomes como Elvis e Jeh, fundamentais em temporadas anteriores, ainda não engrenaram.
Elvis tem 2 gols e 2 assistências em 14 jogos na temporada. Mas, nas últimas partidas em que a Ponte sofreu para criar, o meia apareceu pouco.
Jeh, artilheiro da Ponte nos últimos dois anos, marcou apenas uma vez em quatro partidas como titular após um longo período fora por lesão.
Segundo a plataforma especializada em estatísticas SofaScore, a equipe finaliza bastante — são quase 12 finalizações por partida —, mas converte em gol apenas 8% das chances. Jean Dias, embora tenha marcado todos os seus três gols no Paulistão, contribuiu com três assistências em nove jogos na Série C.
Já Everton Brito aparece como um dos destaques ofensivos: tem 4 gols em apenas 5 partidas como titular, mesmo com 18 participações no total. Ainda assim, foi titular contra o ABC e, assim como o resto do time, não rendeu ofensivamente.
Para a Ponte, o principal problema é a falta de criatividade ofensiva. Ainda que crie um bom número de finalizações, poucas são derivadas de reais chances de gol, o que é refletido no baixo número de conversões.
A Macaca quer outro meia para a sequência da temporada, além de Elvis e Serginho. Mas terá de esperar a janela de transferências abrir em julho.
O que vem por aí?
Com mais de uma semana livre antes de enfrentar o Maringá, no dia 28, a Ponte tenta aproveitar o tempo para recuperar atletas, organizar o time e ajustar o setor ofensivo. Com o retorno de jogadores suspensos e lesionados, Valentim terá opções para enfim encontrar um time mais equilibrado.
Titularidades em 2024
Diogo Silva – 21
Jean Dias – 20 (3 gols)
Maguinho – 19 (1 gol)
Emerson Santos – 18
Artur – 17 (1 gol)
Danilo Barcelos – 15 (2 gols)
Serginho – 14 (1 gol)
Saimon – 13
Léo Oliveira – 13
Lucas Cândido – 12
Elvis – 10 (2 gols)
Sérgio Raphael – 8
Wanderson – 8 (1 gol)
Pedro Vilhena – 7
Toró – 6 (2 gols)
Everton Brito – 5 (4 gols)
Danrlei – 5
Pacheco – 4
Jeh – 4 (1 gol)
Vicente Concha – 3
Luiz Felipe – 2
João Gabriel – 2
Leocovick – 1
Bruno Lopes – 1 (2 gols)
Nilson – 1
P. Rocha – 1