Os desafios contemporâneos são inúmeros – e imensos. Difícil listar, com alguma prioridade, aqueles mais urgentes. Mas é possível citar os mais atuais: mudanças climáticas em ritmo avassalador, crises humanitárias decorrentes de guerras e de governos tiranos, escalada da violência em comunidades fragilizadas, flagelo das ondas migratórias de refugiados pelo mundo e polarização política em escala global, ampliando a distância entre famílias e agentes do poder.
Em meio a essa complexa realidade, um outro problema bate à porta da sociedade. Trata-se da não menos desafiadora tarefa de informar (bem) e manter-se (bem) informado. A avalanche tecnológica transformou a indústria da mídia nas últimas duas décadas, com severo impacto a partir de 2015. Em todo o mundo, publishers, educadores e pesquisadores buscam entender as mudanças e achar um caminho plausível para manter a informação o mais longe possível da nefasta interferência das redes de ódio e dos grupos de manipulação.
Neste sentido, o jornalismo assume posição capital, afinal, é necessário ter, em meio ao caos da internet, uma curadoria mínima para ajudar os leitores.
A saudável democratização da informação, com base no avanço das novas mídias e dos novos produtores de conteúdo, trouxe consigo uma missão para quem tem responsabilidade de ofício. O jornalismo profissional pode – e deve – exercer o seu papel de informar com criticidade, mas sem histrionismo ou vontade persecutória e vingativa.
Pode – e deve – também ajudar o leitor com conteúdo que traga inspiração. As boas histórias, se bem contadas, têm poder transformador. São potentes e mudam vidas.
O jornalismo não pode, jamais, abdicar de ser independente. Não sendo, é a sua morte. Ou a sua lenta asfixia.
Veículos e profissionais que buscam o fácil caminho da fama e da monetização a qualquer preço vão perdendo vitalidade, autoridade e relevância. No jogo do mercado, obviamente, é necessário estar vivo para seguir adiante. Mas é possível fazê-lo mantendo o respeito, sem aviltamento.
Não é uma guerra sem baixas, mas é uma guerra em que estar no lado certo do front pode fazer toda a diferença. A busca da audiência tem transformado setores do jornalismo digital em arautos da bizarrice, da tragédia e da desgraça alheia. São estratégias reprováveis que buscam os cliques doa a quem doer. Ao optar por esse atalho, entendem que estariam trazendo o certo para gerar receita e sobreviver. Não é um exemplo de sucesso, mas de fracasso.
A dura concorrência impõe muitas vezes esses dilemas, mas manter um caminho coerente pode ser a salvação num futuro próximo ou a própria manutenção de um modelo de negócio.
A história do Hora Campinas
O Hora Campinas nasceu há 31 meses, em plena pandemia da Covid-19. Era março de 2021, e a doença impunha isolamento social e grandes dificuldades econômicas, além obviamente da dor da perda, à época, desprezada pelo governante de plantão.
O Hora chegava ao mercado com a proposta de ser um veículo diferente, não necessariamente revolucionário.
O conceito vital, que prospera neste tempo todo, é fazer o melhor jornalismo possível, diante das limitações operacionais do projeto. O Hora é 100% digital, não é impresso, não tem despesas faraônicas com prédios ou sedes. Ele se alinha a conceitos de simplicidade e objetividade. A informação é o carro-chefe, complementada pela seleção de analistas e articulistas.
Constituído como uma startup digital, o Hora Campinas se assemelha a uma cooperativa. Oito profissionais se dedicam diuturnamente ao jornalismo diário, um ambiente on-line onde não há hora para a notícia chegar. A hora é agora. Por isso, o nome Hora Campinas.
Desde a sua criação, o Hora procura exercitar aquilo que sua liderança entende como jornalismo de propósitos, ou seja, a oferta gratuita de um conteúdo que faça sentido às pessoas, apostando em histórias humanizadas e buscando jamais romper a linha do sensacionalismo e do denuncismo.
Ser gratuito, aliás, é um diferencial do Hora Campinas.
Seus mais de 3 milhões de leitores (sua audiência é crescente) não pagam mensalidade nem encontram barreiras ao acessar as suas plataformas digitais. Todo o seu conteúdo é aberto e disponível. Todo o seu acervo está indexado no Google. Basta fazer a busca pelas palavras-chaves.
Sem assinantes, a monetização é ainda mais desafiadora. Mas o Hora conta com apoiadores fixos, pessoas físicas e jurídicas que valorizam o jornalismo profissional e que entendem que o Hora deve seguir adiante, construindo a sua história, tijolo por tijolo.
Renovação de seus compromissos
Com vitalidade e energia, o Hora renova os seus compromissos de fundação neste editorial especial. O projeto salienta que seguirá seu curso mantendo a sua política editorial de forma coesa. Reforça ainda que defende valores essenciais como democracia, tolerância e diversidade.
Esse tripé, aliás, pode ser entendido como o DNA do Hora Campinas, um projeto que rejeita de forma cabal o racismo, que condena a misoginia, o machismo e o preconceito, que rechaça a visão ultraconservadora que apoia ditadores e torturadores e que, sob nenhuma hipótese, tergiversa sobre conduta e ética.
Esses preceitos são extremamente caros ao projeto. Eles são os marcadores da bússola do Hora.
Análise e pluralidade
O time que toca o Hora Campinas em seu dia a dia tem o privilégio de contar com uma seleção de articulistas de primeira linha. São profissionais de várias áreas que trazem suas reflexões de forma rotineira, ancoradas em experiência de vida, bagagem cultural, assento corporativo e muita inspiração. O mosaico de ideias e opiniões é vasto.
Não está aqui em jogo o pensamento que tenta sobrepujar pela força da verborragia ou pela guerra de narrativas políticas. A polarização, que jogou o Brasil num abismo de vertentes e num deserto de civilidade, passa longe da equipe de colunistas do Hora Campinas.
Os 13 articulistas que se revezam de domingo a segunda opinam sobre assuntos múltiplos e oferecem um olhar crítico para temas urgentes e necessários.
Direito imobiliário, sociedade, política, moda, beleza, comportamento, saúde pública, mundo corporativo, meio ambiente, desafios globais, ESG, juventude, educação, carreira e filosofia são os eixos que norteiam as abordagens desse time de colunistas.
É neste ambiente de múltiplas e saudáveis ideias que o Hora se assenta. E é desta forma que ele deseja seguir: vivo, crítico, independente, solidário, humano, digital, plural, civilizado e inspirador.
Um ambiente em que a tecnologia e a humanidade caminhem juntas.
E numa plataforma em que as histórias, os personagens e o cotidiano tenham o seu devido e valorizado espaço.