Os números de geração de empregos formais de Campinas no mês de fevereiro ficaram abaixo da média da RMC (Região Metropolitana de Campinas), segundo avaliação do departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), a partir de dados do Caged. Os postos de trabalho na RMC aumentaram 121,21% em relação a janeiro, mas caíram 37,61% na comparação com fevereiro de 2021. Em Campinas, foram gerados em fevereiro 115% de vagas a mais do que em janeiro e 47% a menos, se comparado ao mesmo mês de 2021.
Em fevereiro, foram 8.521 novas vagas de trabalho com carteira assinada na RMC, contra 3.852 postos do mês anterior. E, fevereiro de 2021, porém, foram abertas 13.658 vagas.
A Agropecuária foi o segmento que mais se expandiu: 472,72%. Foram 504 novos postos em fevereiro de 2022, contra 88 em fevereiro de 2021. A Indústria, o Comércio, a Construção Civil e os Serviços regrediram no mesmo período, respectivamente, de 363 para 886; de 297 para 92; de 1.102 para 710, e de 7.467 para 5.727.
No acumulado de 2022 (janeiro e fevereiro), a redução no volume de vagas na RMC foi de 33,45%, na comparação com o acumulado no mesmo período de 2021, caindo de 18.261 para 12.153.
Campinas
A Construção Civil foi o único segmento que registrou alta em Campinas em fevereiro deste ano ante fevereiro de 2021, crescendo de 309 para 350 vagas de trabalho formal (13,27% a mais). A Indústria recuou de 613 para 130 (78,79% a menos), o Comércio, de 297 para 92 (69,02% a menos), e os Serviços, de 3.466 para 1.875 (45,90% a menos), frente a fevereiro de 2021.
Avaliando os números de Campinas, no acumulado do ano de 2022, (janeiro a fevereiro), constata-se uma redução de 41,80% na geração de postos de trabalho, em relação ao acumulado de 2021.
Além de Campinas, os municípios que mais contrataram em fevereiro de 2022 foram: Indaiatuba (4.482), Americana (3.945) e Sumaré (3.101).
O economista e diretor da Acic, Laerte Martins, destaca que o salário médio de admissão em fevereiro apresentou uma redução de 3,15% sobre o salário de janeiro de 2022 (R$ 1.878,66 X R$ 1.821,29, o que demonstra, portanto, que a média salarial continua em queda.
“A qualificação do emprego segue abaixo das especificações e necessidades da Mão de Obra procurada”, diz Laerte Martins.
De acordo com ele, “a perspectiva para os próximos meses é de indefinições quanto a uma expansão da mão de obra, frente ao surgimento da guerra entre Rússia e Ucrânia, que já mostra um impacto negativo no crescimento de mais postos de trabalho, na nossa região e no País”.