Depois do caso em que um aluno foi repreendido em sala de aula por sugerir tema LGBTQIA+ como um trabalho escolar, a Escola Estadual Anibal de Freitas, em Campinas, decidiu realizar uma atividade para tratar do tema da diversidade.
Por conta de um acordo feito com o Ministério Púbico de São Paulo (MP-SP), a escola promoveu exposições, rodas de conversa e palestras. Além disso, estimulou estudantes a fazerem reflexões sobre questões ligadas ao racismo, gênero, famílias homoafetivas e representatividade na música.
A iniciativa foi uma forma de reparação depois do episódio em que um aluno foi repreendido por sugerir atividade sobre o Mês do Orgulho LGBT.
Em reunião com a participação dos promotores de Justiça Rodrigo Augusto de Oliveira e Andréa Santos Souza, e da procuradora de Justiça Isabella Ripoli Martins, ocorrida em junho deste ano, a escola tinha se comprometido a criar um grupo de trabalho com pessoas e entidades que trabalham com a temática, o que resultou no evento.
O caso
No dia 11 de junho, um menino de 11 anos sofreu preconceito e intimidação na escola, ao sugerir que o tema LGBT fosse debatido em um trabalho escolar. Um boletim de ocorrência foi registrado.
A criança vive com a irmã e que acabou fazendo um desabafo em redes sociais. A irmã afirmou que nunca imaginou que passaria por uma situação como essa.
“O meu irmão de apenas 11 anos fez uma sugestão no grupo da escola de fazer um trabalho falando sobre LGBT. Ele foi massacrado com tanto preconceito, como se ele tivesse cometendo um crime”, disse.
Ainda segundo ela, a coordenadora da escola ligou para o garoto à noite. “Ligou para ele por volta das 20h30, acabando com ele, falando para ele retirar o comentário, que no caso foi uma sugestão de estudo, se não iria remover ele do grupo da escola, falou para ele que era inapropriado/inadmissível/que era um absurdo ele ter colocado no grupo, que ele precisava de tratamento”, contou.
A Secretaria estadual de Educação chegou a afastar a diretora e a mediadora da escola.