O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos alvos da Operação Verine que investiga adulteração em cartões de vacinação, na manhã desta quarta-feira (3).
A residência do ex-presidente foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão da ação da Polícia Federal.
Os agentes também recolheram o celular de Bolsonaro.
“Nunca falei que tomei a vacina [de Covid-19]. Nunca me foi pedido cartão de vacinação nos EUA”, disse o ex-presidente ao deixar sua residência, acompanhado de seus advogados de defesa.
Ao conversar com jornalistas, Bolsonaro disse que decidiu não tomar a vacina depois de ler a bula do imunizante da Pfizer. Ele informou ainda que sua filha Laura Bolsonaro também não tomou a vacina.
Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro.
Entre os seis detidos nesta manhã de hoje está o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada pela defesa do ex-assessor.
Por meio de nota, a PF informou que também está sendo feita análise do material apreendido durante as buscas e a realização de oitivas de pessoas que detenham informações sobre o caso.
“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários”, destacou a corporação. “Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa”, completou o órgão.
Ainda conforme a PF, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.
*Com informações da Agência Brasil