Classificada para a decisão do Troféu do Interior, após eliminar o atual campeão Red Bull Bragantino, com empate por 1 a 1 no tempo normal e vitória nos pênaltis por 4 a 2, a Ponte Preta conhecerá o adversário da final na noite desta segunda-feira (17), quando Novorizontino e Ituano se enfrentam, às 20h. O jogo acontece no estádio Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte.
Mesmo com um dia a mais de descanso que seu oponente, a Ponte Preta não terá muito tempo de preparação, pois a partida final do Troféu do Interior está marcada já para a próxima quinta-feira (20), necessariamente fora de Campinas, mas ainda sem horário definido.
“É um trabalho que a gente segue acreditando, mesmo sem ter a possibilidade de treinar. Estamos em uma sequência de 10 partidas em 30 dias depois da parada. É um jogo a cada três dias, então é impossível treinar. A gente usa praticamente só vídeos para corrigir os problemas, mas temos que enfrentar essas dificuldades e procurar melhorar sempre para fazer uma Ponte Preta cada vez melhor”, analisou o técnico Fabinho Moreno.
Mesmo em uma sequência dura e sem recuperação, a gente conseguiu uma boa performance e saímos classificados, prontos para recuperar e fazer uma grande final”, afirmou Fabinho Moreno.
O comandante da Macaca valorizou bastante a classificação fora de casa sobre o Red Bull Bragantino, em que pese o foco do adversário estar desviado para a Copa Sul-Americana. “A gente enfrentou uma equipe alternativa, mas muito qualificada, que ainda não havia perdido no Campeonato Paulista. Não é uma equipe alternativa que estava há muito tempo sem jogar, mas sim uma equipe que tem ritmo de jogo, entrosamento e ainda jogou dentro de casa. Eles atuaram no domingo, descansaram e se recuperaram. Era nítida a vontade deles de vencer a nossa equipe, mas fomos muito felizes na nossa estratégia, na luta e na entrega. Poderíamos até ter saído com a vitória no tempo normal”, disse o treinador.
Apesar da resiliência da equipe em correr atrás do placar e quase virar o jogo no fim, quando Thalles e Bruno Michel tiveram chances claras, Fabinho Moreno lamentou o fato de largar novamente em desvantagem. “É muito difícil porque não é a primeira vez que a gente toma gol no começo da partida. Temos pecado nesse sentido de sofrer logo no primeiro chute do adversário. Isso aconteceu pelo menos quatro ou cinco vezes no campeonato e nos custou uma pontuação maior porque não é sempre que você consegue reverter o placar”, analisou.
Por fim, Moreno desabafou contra as fortes críticas ao seu trabalho. “A gente é bastante massacrado pelas opiniões que nos cercam, mas continuamos de cabeça erguida, batalhando, com muita humildade, reconhecendo nossas falhas e trabalhando em cima delas para evoluir e melhorar. Eu sei da ansiedade de todos em ver a Ponte Preta vencendo, mas quem está no dia a dia sabe que o processo é gradual” conclui Fabinho Moreno.