As estratégias da Secretaria Municipal de Saúde indicam que as famílias campineiras estão compreendendo a importância da vacinação. Mesmo com a força maléfica das fake news e com a falsa sensação de que as doenças estão distantes dos filhos, pais e mães estão atendendo o chamado dos gestores e levando seus filhos aos postos de saúde.
É o que aponta balanço da Pasta, que apresentou nesta quarta-feira novos dados da Campanha contra a Poliomielite e Multivacinação. Desde o início da estratégia, em 8 de agosto, até a manhã do dia 26 de outubro, 35.890 crianças foram vacinadas contra pólio, o que representa uma cobertura de 61%. Este índice estava baixo no mês passado, o que levou a Saúde a intensificar as ações, entre elas, fazer busca ativa aos faltosos, ou seja, ir atrás de quem está com a carteira de vacinação em atraso.
A meta é vacinar 95% de 58.813 crianças de 1 a 4 anos.
Em relação às demais vacinas, 16.760 menores de 1 ano compareceram às unidades, sendo que 13.843 atualizaram as carteiras. Entre as pessoas com idade de 5 a 14 anos, 20.989 compareceram às unidades e 11.059 regularizaram as doses atrasadas.
No início deste mês, até o dia 10, o índice de vacinação estava em 50% aproximdamente. No dia 13, alcançou 54%.
As vacinas são aplicadas em 66 centros de saúde (o CS Boa Esperança não faz a vacinação). As salas de vacinas abrem às 8h e encerram o atendimento 30 minutos antes do fechamento da unidade. A campanha contra a Poliomielite está prevista para terminar em 31 de outubro. Já a Campanha de Multivacinação foi prorrogada nesta-quinta (27), pelo Governo do estado, e se estenderá até 30 de novembro.
Mais informações no site https://vacina.campinas.sp.gov.br/vacinas/multivacinacao
Esquema vacinal
Existem duas vacinas contra a paralisia disponíveis na rotina: a vacina inativada poliomielite (VIP), que é injetável; e a vacina oral poliomielite (VOP). O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação de crianças entre 2 meses e 4 anos.
O Calendário Nacional de Vacinação estabelece três doses de VIP, administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, e mais dois reforços com VOP, aos 15 meses e aos 4 anos.
Paralisia infantil
A paralisia infantil é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, por meio de gotículas de secreções liberadas ao falar, tossir ou espirrar.
O último caso de paralisia infantil no Brasil foi registrado em 1989. Em 1994, foi certificada a erradicação da doença nas Américas.
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