Em reunião com o Ministério Público (MP) na noite desta segunda-feira (29), a Federação Paulista de Futebol (FPF) apresentou o novo protocolo de saúde do Campeonato Paulista, com mais restrições, e também com a sugestão de realizar as partidas depois das 20h. A ideia da entidade é que os jogos aconteçam a partir do horário que entra em vigor o toque de recolher determinado pelo governo do Estado de São Paulo durante o período de fase emergencial.
A nova proposta apresentada ao MP aumenta as medidas de segurança para a disputa do Estadual, garantindo testagens com maior frequência e alojamento de comissões técnicas e atletas em bolhas (centros de treinamento ou hotéis). Além disso, o deslocamento das delegações só seria permitido para a disputa dos jogos e também seria diminuído o número de pessoas presentes em cada partida.
Neste primeiro momento, a FPF sugere que apenas partidas de clubes com calendários mais apertados sejam disputadas até o dia 11 de abril, data prevista, até o momento, para o encerramento da Fase Emergencial. A maior preocupação da entidade é realizar, o mais rápido possível, partidas de equipes que tem calendário apertado por disputarem outros campeonatos, como são os casos de Palmeiras, São Paulo, Santos, Corinthians, Ponte Preta e Red Bull Bragantino.
A possibilidade de acionar a Justiça para forçar a retomada do torneio, ideia apoiada por Guarani, São Paulo, Ituano, Inter de Limeira, São Bento, Mirassol e Novorizontino, gerou repercussão negativa e é uma opção deixada de lado no momento.
Desde o último dia 15 de março, quando o governo estadual adotou a Fase Emergencial, os eventos esportivos estão suspensos em todo o território de São Paulo. Em meio a suspensão, a FPF levou duas partidas do Paulistão para Volta Redonda, interior do Rio de Janeiro. O Corinthians venceu o Mirassol por 1 a 0. Palmeiras e São Bento também se enfrentaram e empataram em 1 a 1. Os dois jogos aconteceram no Estádio Raulino de Oliveira.