O Guarani anunciou, na tarde desta terça-feira (24), a adesão à Liga do Futebol Brasileiro (Libra). Com isso, o Bugre se junta a Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Santos, São Paulo, Red Bull Bragantino, Ponte Preta, Cruzeiro, Vasco e Botafogo. Ituano e Novorizontino, outras duas equipes do interior paulista, também confirmaram participação na liga.
Discutida desde o ano passado, a Libra é uma tentativa de união dos clubes do Brasil com o objetivo de organizar o Campeonato Brasileiro das séries A e B a partir de 2025. A proposta de criação da liga, assinada pelo Guarani e todos os outros clubes citados acima, tem apoio da empresa Codajas Sports Kapital e do Banco BTG Pactual.
A expectativa dos clubes é que na liga o faturamento seja amplamente maior do que o pago atualmente pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no Campeonato Brasileiro das séries A e B.
“Guarani Futebol Clube, Ituano Futebol Clube e Grêmio Novorizontino informam que aderiram à Libra (Liga do Futebol Brasileiro). Os clubes entendem que a formação da Libra é fundamental e um grande passo para a evolução do futebol brasileiro sob todos os aspectos. As agremiações acreditam que alguns detalhes precisam ser ajustados na busca por equilíbrio e equidade, a fim de que haja uma distribuição de recursos justa. Também compreendem que tais decisões devem ser tomadas dentro da própria Libra, fruto de um trabalho em conjunto entre todos os envolvidos”, pontuou o Bugre em nota oficial divulgada para a imprensa.
Agora, com as adesões de Guarani, Ituano e Novorizontino, a Libra chega a 13 clubes confirmados. O Grêmio também está próximo de um acordo. Apesar disso, o grupo Forte Futebol conta com 25 equipes das séries A e B, apresentando divergências para entrar na liga. O Bahia, por enquanto, não faz parte de nenhum grupo.
A Ponte Preta, uma das representantes do futebol de Campinas no Campeonato Brasileiro da Série B, foi um dos oito primeiros clubes a assinarem o documento de criação da Libra.
A principal divergência entre os clubes tem relação com a divisão dos recursos quando os contratos de TV forem assinados para a exibição dos jogos da liga. A proposta da Codajas Sports Kapital era de divisão com 40% dos valores fixos, 30% de variável por performance esportiva e 30% por audiência. O grupo Forte Futebol prefere que a divisão seja 50% de valores fixos, 25% de variável por performance esportiva e 25% por audiência nas partidas.
Nas próximas semanas, os clubes vão buscar acordo para acertarem as diferenças citadas acima.