Uma força-tarefa estará em ação neste sábado (3) para tentar acelerar a fila de espera por procedimentos eletivos que se formou no estado de São Paulo ao longo da pandemia de Covid-19. A maior ação acontece no Hospital das Clínicas da Unicamp, que atenderá 2 mil pacientes para avaliações pré-cirúrgicas de vesícula. Em todo o estado de São Paulo são 540 mil pessoas à espera de uma cirurgia eletiva – que é considerada de menor gravidade.
O Mutirão de Cirurgias do Governo estadual se propõe a zerar essa fila até outubro – sem ações como essas, estima-se que seriam necessários dois anos para zerar a espera. Apenas neste sábado, 9,2 mil procedimentos serão realizados no estado, envolvendo 33 hospitais e 45 Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs). Mais de dois mil profissionais de saúde estão mobilizados.
Na região de Campinas, além do HC da Unicamp, haverá ações no AME de Santa Bárbara d’Oeste e no Hospital Estadual de Sumaré. Na região de Campinas serão mais de 2,6 mil pacientes atendidos.
A ação de Campinas é recorde durante o Mutirão, já que o HC atenderá o maior número de pacientes em um único dia. No total, o hospital irá realizar 4,7 mil avaliações e cirurgias nos próximos sábados. Haverá procedimentos de hérnia, vesícula, ortopedia e oftalmologia.
“Vamos realizar a maior mobilização do Estado no Mutirão de Cirurgias. Serão mais de 75 profissionais de saúde do Hospital das Clínicas atuando para atendimento de toda a região. Toda a expertise do HC, reconhecida pela sua excelência, estará à disposição para a redução das filas acumuladas durante a pandemia”, destaca a superintendente do Hospital das Clínicas, Elaine Cristina de Ataíde.
Todos os pacientes atendidos durante o Mutirão de Cirurgias aguardavam na fila da Cross (Central de Regulação e Ofertas de Serviços de Saúde) e foram agendados durante esta semana pelos 17 Departamentos Regionais de Saúde.
“Uma ação recorde do Governo de SP vai permitir agilizar os atendimentos da população que aguardavam desde a pandemia. Uma mobilização em todo o Estado com cirurgias e, também, com consultas pré-operatórias, um passo obrigatório para a realização dos procedimentos cirúrgicos”, destacou o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.