Cássio Martins Camilo, acusado de estuprar e matar a menina Maria Clara Calixto do Nascimento, de apenas cinco anos de idade, em 17 de dezembro de 2020, vai a júri popular. A decisão é da 1ª Vara Criminal de Hortolândia. De acordo com o Tribunal de Justiça (TJ), ele vai a júri popular, respondendo por estupro de vulnerável agravado, homicídio multiqualificado (asfixia e outro meio cruel, para assegurar a ocultação do delito de estupro e feminicídio) e ocultação de cadáver.
Segundo os autos, o corpo da criança foi encontrado em um terreno baldio, com sinais de estrangulamento e violência sexual. De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP), o padrasto espancou a menina e a deixou inconsciente. Em seguida, ele a estuprou e, percebendo que ainda estava viva, tapou sua boca com fita adesiva e a matou por asfixia. Depois colocou o corpo em uma caixa de papelão e escondeu em um terreno baldio. Camilo confessou o crime perante a polícia. Em depoimento, o réu, que vivia com a mãe da criança havia cerca de um ano, disse que tinha consumido drogas na noite anterior ao crime e de manhã “teria surtado”. A mãe da menina estava no trabalho no momento do crime.
Em juízo, porém, mudou a versão, negou o abuso e afirmou que a menina foi vítima de acidente doméstico.
Na decisão, o juiz André Forato Anhê afirmou que existem indícios suficientes para que o réu seja levado a júri popular. Segundo o magistrado, o acusado deve continuar preso já que as circunstâncias indicam claramente “a periculosidade concreta do réu (que já responde, denunciado, por outro estupro de criança, ocorrido em cidade vizinha)”. “Solto, é bem provável que empreenda fuga, até porque já o tentou antes”, completou. A data do julgamento será definida posteriormente.