Personagem icônica da cena cultural campineira e mantenedora do Conservatório Carlos Gomes, instituição que dirigiu desde a década de 1960, Léa Ziggiatti Monteiro faleceu nesta terça-feira (16), aos 87 anos. Musicista, escritora, jornalista e advogada, Léa deixa um legado importante para a cultura de Campinas. A causa da morte não foi divulgada.
O sepultamento está marcado para as 10h30 desta quarta-feira (17), no Cemitério da Saudade. O corpo de Léa Ziggiatti será velado no mesmo local, a partir das 7h.
“Mulher guerreira que dedicou sua vida por um mundo com mais arte. Hoje nos despedimos, com a certeza de que seu legado jamais será esquecido. Nossa maior fonte de inspiração para seguir fazendo o que mais amamos, como ela nos ensinou”, diz texto publicado na página do Conservatório. “Nossa maior fonte de inspiração para seguir fazendo o que mais amamos, como ela nos ensinou!”.
Pianista, flautista, bacharel em Direito pela PUC Campinas, escritora e jornalista, Lea Ziggiatti dedicou mais meio de século à coordenação de projetos no conservatório criado por seus avós em 1927.
Desenvolveu na instituição um método pedagógico que integra todas as artes durante a formação dos alunos, com o objetivo de formar artistas globais.
Dentre suas realizações, foi fundadora da Orquestra Experimental do Conservatório, da qual foi regente de 1965 a 1985. Também ajudou a fundar a Orquestra Sinfônica Universitária, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica de Campinas e que mais tarde deu origem à atual Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, 1970. Também escreveu peças e livros infantis, como Gifredo, Anjinho das Reformas.
“Luto na Cultura de Campinas …Faleceu a querida Léa Ziggiatti, falar dela é reconhecer uma das maiores personalidades fazedoras de arte e cultura de Campinas”, escreveu Alexandra Caprioli, secretária de Cultura e Turismo de Campinas. “É um legado que enriquece nossa cultura e ilumina o caminho para as futuras gerações de artistas”, acrescentou.
A cantora Ana Salvagni também prestou homenagens nas redes sociais. “Seu nome se confunde com o nome do Conservatório, com a pedagogia musical, com entusiasmo, criatividade e com a própria música, nesta cidade. No tempo que passei estudando lá, quantas vezes fui recebida por ela, com seu brilho e amorosidade, e seu grande sorriso, sempre….”.
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