A Prefeitura de Jaguariúna, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, criou uma força-tarefa para reduzir os impactos provocados pela explosão de casos de síndromes gripais neste início de ano na cidade. Segundo a Pasta, a demanda diária na Unidade de Campanha – que concentra o atendimento de síndromes gripais e de Covid-19 – cresceu 138%, passando de 137 atendimentos/dia em novembro de 2021 para 326 em janeiro de 2022.
Entre as medidas já adotadas estão o reforço quantitativo da equipe médica e de enfermagem, o direcionamento do fluxo das ambulâncias com casos graves direto para o Pronto-Socorro do Hospital Municipal Walter Ferrari e a elaboração de um protocolo específico para direcionar as equipes.
“Além disso, foi instalada nesta quarta-feira uma tenda anexa à Unidade de Campanha para servir de suporte na espera dos pacientes, dando um pouco mais de conforto para quem aguarda atendimento”, informa a secretária de Saúde de Jaguariúna, Maria do Carmo de Oliveira Pelisão.
O Hora Campinas mostrou em reportagem nesta terça-feira (4) que as festas de final de ano tiveram um impacto grande no sistema de saúde regional por conta do aumento dos casos de síndrome gripal. O cenário de unidades lotadas entre o Natal e o Réveillon está se repetindo na primeira semana útil de 2022. As celebrações do Ano-Novo explicam parte dessa demanda que sufoca UPAs, PS de hospitais e centros de saúde. Os especialistas entendem que a falta de distanciamento e o não uso de máscara nos encontros multiplicaram as infecções entre 2021 e este ano.
O surto de gripe que chegou no Brasil e atingiu cidades como Rio de Janeiro e São Paulo segue com força nesses últimos dias nas cidades da região de Campinas. São pacientes com sintomas como dor no corpo, febre, dor de cabeça, dor de garganta, espirros, prostração e coriza.
Sem proteção
Segundo a secretária municipal de Saúde de Jaguariúna, a explicação dos infectologistas para o atual surto de casos gripais é que, ao contrário do ano passado, quando as pessoas se protegiam mais por conta da Covid, agora há um relaxamento com relação ao uso de máscaras, distanciamento e também higienização das mãos. “Além disso, com foco na vacina contra o coronavírus, muita gente deixou de se imunizar contra a gripe”, explica Maria do Carmo.
Ela também informa que, como o surto gripal e o aumento de casos de Covid provocado pela variante Ômicron se alastram por todo o estado e País, a maioria dos municípios da região tem enfrentado superlotação nas unidades de saúde. “Isso faz com que muitos pacientes de outras cidades busquem atendimento aqui em Jaguariúna, aumentando a demanda interna”, afirma.
Maria do Carmo reforça a necessidade de a população manter as medidas de segurança sanitária, como o uso de máscaras e a higienização frequente das mãos, evitando aglomerações.
“Quem está com sinais de gripe, resfriado ou Covid precisa ficar em casa para não transmitir o vírus para outras pessoas, e procurar a Unidade de Campanha caso haja necessidade. Outra coisa importante é só levar acompanhante os menores de idade e idosos, para evitar a circulação e a aglomeração de muitas pessoas no serviço”, completa.