Eram praticamente três meses sem nenhuma derrota dentro de casa, mas a sequência invicta da Ponte Preta caiu justamente no retorno da torcida ao estádio Moisés Lucarelli após quase 600 dias afastada das arquibancadas. Os quase três mil torcedores que compareceram ao duelo contra o Náutico, no último sábado (16), comemoraram em dobro no primeiro tempo, mas tiveram uma desagradável surpresa na etapa final e deixaram o estádio com a cabeça inchada pela derrota por 3 a 2 de virada para o Timbu.
“A gente fica triste e frustrado porque era o reencontro com a nossa torcida. Mais do que nunca, queríamos dá-la essa vitória. É uma derrota que a gente vai sentir muito mesmo, pois fizemos um grande primeiro tempo e tivemos bastante volume ofensivo. Foram 30 finalizações no jogo contra uma equipe difícil de se enfrentar”, analisou o técnico Gilson Kleina, em entrevista coletiva concedida logo após o revés sofrido para o Náutico.
“Mesmo na derrota, a gente tem que mostrar alguns valores e conceitos que a equipe está fazendo muito bem. Tivemos chances para definir e poderíamos ter construído uma vitória tranquila, mas há situações em que a gente tem que optar pela melhor decisão, pelo melhor passe e pelo melhor posicionamento. Além disso, cometemos erros que a gente não vinha cometendo”, lamentou Kleina.
“Terminamos o jogo tentando e fazendo de tudo pelo empate. Ao meu ver, o desempenho foi muito forte, mas infelizmente o resultado não aliou isso. Agora é corrigir e trabalhar para que a gente possa buscar o resultado positivo fora de casa. É também não tirar a confiança porque a gente vinha de jogos muito fortes aqui dentro, tínhamos resgatado esse poder”, destacou Gilson Kleina.
Assim como no último jogo com presença de público no Majestoso antes da chegada da pandemia de Covid-19 a Campinas, a Ponte Preta voltou a enfrentar uma equipe pernambucana. Naquela ocasião, no entanto, a torcida pontepretana festejou uma vitória tranquila por 3 a 0 sobre o Afogados da Ingazeira, pela Copa do Brasil. Desta vez diante do Náutico, o resultado poderia ter sido semelhante, não fossem vários gols perdidos e repetidas falhas da defesa alvinegra.
Além de perder a invencibilidade de oito jogos como mandante, a Ponte Preta amargou o quarto jogo sem vitória na Série B, sequência que corresponde a dois empates e duas derrotas. Menos mal que a distância para a zona de rebaixamento caiu apenas um ponto. Outro atenuante é que a Macaca possui 10 gols de saldo a mais que o Londrina, primeiro time dentro da zona de rebaixamento, com três pontos de desvantagem e uma vitória a menos que a Macaca.
“São quatro jogos sem vencer, mas é bom salientar que o VAR tirou uma vitória concreta contra o Vila Nova, isso tem que ser lembrado. A gente sempre trabalhou nesse limiar, mas vamos trabalhar nesses oito jogos para pontuar, além de torcer para que os resultados mantenham essa diferença”, espera Gilson Kleina.
Com semana cheia para treinamentos, o elenco da Ponte Preta se representou nesta segunda-feira (18) e terá seis dias de preparação até a viagem para Belém do Pará, onde voltará a campo para enfrentar o Remo, no próximo domingo (24), no estádio Baenão.
“Temos que viver um jogo de cada vez. Agora, vamos pegar um adversário que também joga com essa situação de torcida. É tentar pontuar lá fora para depois ganhar em casa. Espero que a equipe tenha essa melhora nos próximos confrontos. Sem sombra de dúvidas, o lado emocional vai ser trabalhado para recuperar a confiança nesta semana”, concluiu o comandante da Ponte Preta.